sábado, março 31, 2007

Projecto 52: Cenas Invisíveis (Município do Porto)

Teatro


Data: Todas as quintas-feiras às 20h30
Local: Centro Comercial Parque Nascente; Rio Tinto; Gondomar


No âmbito da programação idealizada pelo Parque Nascente intitulada ´365 dias de animação´, o primeiro projecto mundial de um centro comercial com animações diárias, o TEATRO ART´IMAGEM apresenta todas as quintas-feiras de 2007, pelas 20h30, na praça da alimentação do centro comercial Parque Nascente uma animação teatral.
Este ´projecto 52: cenas invisíveis´ é composto por um conjunto de oito novas criações:
SAFARI EXTRATERRESTRES CONSULTÓRIO MÓVEL UM QUARTO DE MEIA MARATONA MÚMIAS HOMO HABILIS A MENINA, O BALÃO E O VILÃO MAX, AGENTE SECRETO.
que, em rotatividade, são apresentadas semanalmente naquele dia.
Trata-se de um formato in door que utiliza as mais variadas técnicas teatrais que vão do teatro físico, à pantomima passando pelo teatro invisível ou pelo teatro móvel, aliadas às técnicas de clown ou ainda à performance e instalação. Com esta palete de linguagens e estéticas pretende-se cativar, surpreender e divertir desde os mais novos até aos mais velhos ou o mais distraído dos espectadores, apostando no inesperado e no insólito, no cómico ou no dramático, no belo e no grotesco, no real e no imaginário. Este projecto teve início em Janeiro de 2006 a convite do centro comercial Parque Nascente e repete pelo segundo ano consecutivo. Nele participam artistas de diversas áreas (actores, músicos, artistas plásticos e designers).
FICHA ARTÍSTICA: Concepção e direcção: Pedro de Carvalho Criativos e interpretes: Carlos Adolfo; Cláudia Silva; Joana Céu; Fátima Silva; Cristina Machado; Pedro Carvalho; Jorge Mendo; Nuno Preto; Micaela Barbosa; Valdemar Santos; Inácio Barroso; Paulo Martins. Execução plástica: Sandra Neves e José Lopes Fotografia e vídeo: Paulo Martins e Inácio Barroso Produção: Teatro Art´Imagem.

Grazie. Honrarei o convite!

quinta-feira, março 29, 2007

Nunca se Escreve para Si Mesmo

O escritor não prevê nem conjectura: projecta. Acontece por vezes que espera por si mesmo, que espera pela inspiração, como se diz. Mas não se espera por si mesmo como se espera pelos outros; se hesita, sabe que o futuro não está feito, que é ele próprio que o vai fazer, e, se não sabe ainda o que acontecerá ao herói, isto quer simplesmente dizer que não pensou nisso, que não decidiu nada; então, o futuro é uma página branca, ao passo que o futuro do leitor são as duzentas páginas sobrecarregadas de palavras que o separam do fim.


Assim, o escritor só encontra por toda a parte o seu saber, a sua vontade, os seus projectos, em resumo, ele mesmo; atinge apenas a sua própria subjectividade; o objecto que cria está fora de alcance; não o cria para ele. Se relê o que escreveu, já é demasiado tarde; a sua frase nunca será a seus olhos exactamente uma coisa. Vai até aos limites do subjectivo, mas sem o transpor; aprecia o efeito dum traço, duma máxima, dum adjectivo bem colocado; mas é o efeito que produzirão nos outros; pode avaliá-lo, mas não senti-lo. Proust nunca descobriu a homossexualidade de Charlus, uma vez que a decidiu antes de ter começado o livro. E se a obra adquire um dia para o autor o aspecto de objectividade, é porque os anos passaram, porque a esqueceu, porque já não entra nela, e seria, sem dúvida, incapaz de a escrever. Aconteceu isto com Rousseau ao reler o Contrato Social no fim da vida.

Não é portanto verdade que se escreva para si mesmo: seria o pior fracasso; ao projectar as emoções no papel, a custo se conseguiria dar-lhes um prolongamento langoroso. O acto criador é apenas um momento incompleto e abstracto da produção duma obra; se o autor existisse sozinho, poderia escrever tanto quanto quisesse; nem a obra nem o objecto veriam o dia, e seria preciso que pousasse a caneta ou que desesperasse.
Mas a operação de escrever implica a de ler como seu correlativo dialético, e estes dois actos conexos precisam de dois agentes distintos. É o esforço conjugado do autor e do leitor que fará surgir o objecto concreto e imaginário que é a obra do espírito. Só há arte para os outros e pelos outros.

Jean-Paul Sartre, in 'Situações II'

Fonte: Citador

terça-feira, março 27, 2007

No Jardim Público

30 DE MARÇO » 22H
THE GIFT

31 DE MARÇO » 22H
LÓTUS MECÂNICA
SIGMA
HOUDINI BLUES


A magia da música.

Agradeço a apresentação, C.

Daniel Blaufuks

Exposição de Fotografia de Daniel Blaufuks
Daniel Blaufuks tem trabalhado na relação entre fotografia e literatura, através de obras como My Tangier com o escritor Paul Bowles. Mais recentemente, Collected Short Stories apresentou vários dípticos fotográficos numa espécie de "prosa de instantâneos", um discurso baseado em fragmentos visuais, que insinuam histórias privadas a caminho de se tornarem públicas. A relação entre o público e o privado tem sido, aliás, uma das constantes interrogações no seu trabalho. Utiliza principalmente a fotografia e o vídeo, apresentando o resultado através
de livros, instalações e filmes. O seu documentário "Sob Céus Estranhos" foi recentemente apresentado no Lincoln Center em Nova Iorque. Algumas das suas últimas exposições aconteceram no Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Palazzo delle Papesse, Siena, LisboaPhoto, Centro Cultural de Belém, Lisboa, Elga Wimmer Gallery, New York, Photoespaña, Madrid.

Fonte: CCB

terça-feira, março 20, 2007

segunda-feira, março 19, 2007

Convite
quarta-feira, 21 Março | 20h | Palácio D. Manuel


No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Poesia, a Livraria Casa dos Livros e a ARTx organizam um jantar/tertúlia com a presença do escritor José Luís Peixoto.
Durante o jantar haverá leitura/declamação de poesia assim como música ao vivo.
O custo é de 10 €uros e a inscrição prévia é necessária.

Data: 21 de Março
Hora: 20h
Local: Palácio D.Manuel
Inscrições:
Livraria Casa dos Livros - 266785265 - lcasadoslivros@sapo.pt
ou no Palácio D. Manuel

quarta-feira, março 07, 2007

Jean Baudrillard (1929 - 2007)



"Jean Baudrillard, o sociólogo e filósofo francês que tocou várias disciplinas do pensamento e da arte, morreu ontem em Paris aos 77 anos, depois de uma doença prolongada. Autor de mais de 50 obras, debruçou-se sobre a sociedade de consumo, o terrorismo, os média ou a arte contemporânea com a mesma ferocidade e capacidade de gerar polémica.

O pensador francês é classificado como inclassificável, apenas um dos paradoxos ou contradições que perfizeram a sua obra e as reacções que ela suscitou. Jean Baudrillard é “inclassificável porque não é muito fácil arrumá-lo em nenhuma escola, nem como pensador clássico”, comenta Paulo Varela Gomes, professor de Arquitectura e conhecedor do trabalho do filósofo francês. Era “sobretudo um pensador da vida quotidiana moderna” e um nome incontornável do pensamento pós-moderno.

Nascido a 29 de Julho em Reims, no norte de França, viveu o movimento do Maio de 1968 e começou a sua carreira como tradutor do trabalho de Karl Marx e Bertolt Brecht. Leccionou Sociologia na Universidade de Nanterre, em França, desde 1966, depois de uma formação em germânicas. Em 1968, próximo dos situacionistas de Guy Debord, publicou Le Système des objects, uma machadada num retrato já de si pouco favorável que desenhara da sociedade moderna de consumo, consumada com La société de consommation (1970).

Jean Baudrillard escrevia com algum humor, negro, e acompanhava a ironia com aforismos, por vezes herméticos, que eram sua imagem de marca, escreveu ontem a edição on-line do diário francês Libération. Atento à actualidade, escreveu O Espírito do Terrorismo (Campo das Letras, 2002) e Requiem pour les Twins Towers (2002) sobre os atentados de 11 de Setembro. Neles tece o argumento de que há uma lógica subsequente ao terrorismo e descreve o ataque às Torres Gémeas como “a mãe de todos os acontecimentos”.

Assinou obras incontornáveis do pós-modernismo como Simulacros e Simulação (Relógio D’Água, 1981), Le Mirroir de la Production (1977), em que rompe com as suas bases marxistas, Pataphysique (2002)ou Amérique (1986), onde descreve os Estados Unidos como “a versão original da modernidade” e “utopia realizada”. Teve tempo de redigir as suas memórias em cinco actos, Cool Memories (desde 1987 a 2005)."

(excertos do artigo de Joana Amaral Cardoso no Público de 7/03/07)

"Partindo do princípio de uma realidade construída (hiper-realidade), o autor discute a estrutura do processo em que a cultura de massa produz esta realidade virtual.

Suas teorias, contradizem o discurso da "verdade absoluta" e contribuem para o questionamento da situação de dominação imposta pelos complexos e contemporâneos sistemas de signos. Os impactos do desenvolvimento da tecnologia e a abstração das representações dos discursos são outros fenómenos que servem de objecto para os seus estudos. Sua postura profética e apocalíptica é fundamentada através de teorias irónicas que têm como objectivo o desenvolvimento de hipóteses e polémicas sobre questões actuais e que refletem sobre a definição do papel que o homem ocupa neste ambiente.

Para Baudrillard, o sistema tecnológico desenvolvido deve estar inserido num plano capaz de suportar esta expansão contínua. Ressalta que as redes geram uma quantidade de informações que ultrapassam limites a ponto de influenciar na definição da massa crítica. Todo o ambiente está contaminado pela intoxicação midiática que sustenta este sistema. A dependência deste “feudalismo tecnológico” faz-se necessária para que a relação com dinheiro, os produtos e as idéias se estabeleça de forma plena. Esta é a servidão voluntária resultante de um sistema que se movimenta num processo espiral contínuo de auto-sustentação.

A interactividade permite a integração de elementos que antes se encontravam separados. Este fenómeno cria distúrbios na percepção da distância e na definição de um juízo de valor. As partes envolvidas encontram-se tão ligadas que inibem a representação das diferenças transmitida por elas. A máquina representa o homem que se torna um elemento virtual deste sistema. As representações são simuladas num ambiente de redes que fornecem uma ilusão de informações e descobertas. Tudo é previamente estabelecido: “O sistema gira deste modo, sem fim e sem finalidade”, diz o autor."

(excertos da Wikiédia)

Um homem do seu tempo. Esperemos que inspire os que se seguem.

sábado, março 03, 2007

Jason Moran and The Bandwagon
6 de Março de 2007
21h00 | Grande Auditório
Duração:1H30 (s/ intervalo)

Jason Moran nasceu em Houston e vive actualmente em Nova Iorque. Desde o seu fulgurante aparecimento na cena musical, no final dos anos noventa, tornou-se um artista de culto no panorama do jazz moderno. Em praticamente todas as categorias de referência – improvisação, composição, conceito de grupo, repertório, técnica e experimentação tecnológica –, Moran e a sua banda, The Bandwagon (composta pelo baixista Tarus Mateen, pelo baterista Nasheet Waits e pelo recente guitarrista Marvin Sewell) têm vindo a desafiar constantemente os cânones do jazz.
Como líder do grupo The Bandwagon e como solista, Moran recebeu elogios dos principais críticos de música pelas suas actuações nos mais importantes clubes e festivais de jazz de todo o mundo.

O Washington Post considerou The Bandwagon como o grupo composto pelos “três melhores músicos de jazz da geração dos sub-35”, enquanto o The New York Times afirmou que Moran “provou ser um conceptualista hábil, encontrando inspiração no ritmo e na tonalidade da linguagem falada no cinema, na música jazz e pop, e no hip-hop”.

Fonte: CCB

Os escolhidos...