O teu corpo brilha na noite, suave deusa de metal bronzeado, e as pingas de luz dos candeeiros reflectem o suor que se demora pelas curvas do teu corpo, pérolas perdidas que te abandonam.
O ar dentro e fora do quarto está apertado pelo calor, agarra o peito, agarra o pescoço e aperta, sufoca, é um ar morto que nos parece querer matar também, deve querer companhia.
As tuas mãos fervem no meu peito, como é possível estares mais quente que o ar, mais quente que eu, tens fogo nos olhos, esse teu fogo negro, emoldurado por uma chuva de cabelos dourados, pegados, suados.
Mordes-me o ombro quando me apertas o peito, parábola de vida és, misturas o bem com o mal, a dor e o prazer, aqui, neste quarto pintado de noite escura onde somos apenas carne, nós os dois, o mesmo suor, o mesmo ser, a mesma carne.
O ar dentro e fora do quarto está apertado pelo calor, agarra o peito, agarra o pescoço e aperta, sufoca, é um ar morto que nos parece querer matar também, deve querer companhia.
As tuas mãos fervem no meu peito, como é possível estares mais quente que o ar, mais quente que eu, tens fogo nos olhos, esse teu fogo negro, emoldurado por uma chuva de cabelos dourados, pegados, suados.
Mordes-me o ombro quando me apertas o peito, parábola de vida és, misturas o bem com o mal, a dor e o prazer, aqui, neste quarto pintado de noite escura onde somos apenas carne, nós os dois, o mesmo suor, o mesmo ser, a mesma carne.