quinta-feira, agosto 30, 2007

PH2OTO

"Dei-lhe este nome por ter sido inspirada na água, nas paisagens que a rodeiam e por se tratar da minha 2ª exposição de fotografia!" - Pedro Moreira



2ª exposição de fotografia de Pedro Moreira.

Vai ter lugar na casa de chã - bar "ACTOS"
Rua Sá de Noronha, 76 - 1º - Porto
(junto ao Teatro Carlos Alberto).

Inauguração a 7 de Setembro,
pelas 22h00 e em exposição até meados de Outubro.
(Todos os dias das 22h00 às 02h00)


Espaço do Fotógrafo Pedro Moreira no hi5: www.pedromxm.hi5.com

Espaço de Fotografias: www.olhares.com/PEDROXM


NO TEATRO DA GUARDA...

SETEMBRO • SÁB 1 • 21h30 • PEQUENO AUDITÓRIO

ACTO SEGUINTE – FESTIVAL DE TEATRO DA GUARDA
Minetti
de Thomas Bernhard
CamaleÓn y Ernesto Calvo Producciones [Espanha]
Teatro • 5€ [Assinatura do festival: 17€] • 70m • M/16

Em Ostende (Bélgica), na noite de passagem de ano, no hall de um velho Hotel, aparece Minetti, actor convocado pelo director do Teatro da cidade para interpretar o Rei Lear. Ele próprio foi director de um teatro numa pequena cidade que fazia fronteira com a Dinamarca. Mas, o director não chega e Minetti fala sem parar, fazendo o balanço de si mesmo, da sua vida, da vida. Conta como foi retirado do cargo no teatro por ter renegado a literatura clássica. Ele traz a sua própria máscara de Rei Lear, feita por Ensor nesta mesma cidade, fabricada especialmente para si. A noite avança, o dia termina. O director não chega e ele não interpretará jamais o Rei Lear. Sozinho, retira da mala a máscara de Lear que Ensor fez para ele, coloca-a na cabeça e, superando as suas obsessões em frente ao mar de Ostende, toma um comprimido e espera a morte. Entretanto, no Hotel, celebra-se a entrada no Ano Novo.

Texto Thomas Bernhard • Encenação e Dramaturgia Ernesto Calvo • Assistência de Encenação Mário Pérez / Javier Esteban • Desenho de luz German de Blas • Figurinos e máscara José Luis Cesteros • Interpretação Juan Carlos Moretti • Produção Camaleón y Ernesto Calvo Producciones

www.tmg.com.pt

quarta-feira, agosto 29, 2007


Chocalhos 2007 - Festival dos Caminhos da Transumância
De 15 a 23 de Setembro

Festival destinado à celebração da transumância, ancestral prática da pastorícia, enquanto valor patrimonial de excelência, cruzando a música pastoril, os produtos locais, as paisagens, a realidade e os sonhos.

Programa:

Dia 15
Moagem - Cidade do Engenho e das Artes - Fundão - 17h00
O Segredo da Lã - Exposição

Núcleo Museológico do Salgueiro
Chaves de Silvas e de Estrelas - Exposição

Esta exposição estará aberta até à Páscoa 2008 e terá actividades pedagógicas para todas as idades

De 17 a 23
Serra da Estrela - Guarda - Fundão
O Património da Memória, um Produto Turístico - Workshop

De 18 a 21
Núcleo Museológico do Salgueiro - 10h00
A Via Láctea é um Rebanho de Ovelhas Luminosas - Actividades Pedagógicas

De 19 a 21
Moagem - Cidade do Engenho e das Artes - Fundão
Sons em trânsumancia - Residência Artística

Dia 20
Lounge - Moagem - Cidade do Engenho e das Artes - Fundão - 21h30
Exibição do filme "Ainda há Pastores de Jorge Pelicano

Esposição de Fotografia de Rosa Teixeira da Silva
Últimos Guardadores de Rebanhos da Serra da Estrela

21 a 23 - Alpedrinha
Feira dos Chocalhos

Tasquinhas, Animação de Rua, Produtos Locais

Dia 21
Animação de rua

Zabunbas de Alpedrinha - 19h00

Concerto de Música Clássica
Capela do Leão - 21h30

Sons em Transumância - O Romance da Pastora (Concerto)
Pálacio do Picadeiro - 22h00

Dia 22
Animação de Rua

Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho
11h00

Conversas Transumantes
Capela do Leão - 22h00

Harmónicas de Ponte de Sôr
Capela do Leão - 21h00

Savina Yannatou & Primavera en Salonico (Concerto)
Terreiro do Pálacio do Picadeiro - 22h00

Concerto de Música Clássica
Capela do Leão - 22h00

Concerto com Acordeonista Sertório
Capela do leão - 23h00

Dia 23
Animação de Rua

Passeio Pedestre com Rebanho pela Serra da Gardunha
Fundão - Alpedrinha - 8h30 ( Saída - Praça do Município)

Concerto de Música Clássica
Igreja Matriz - 22h00

IN CMF Webpage

Em Setembro, no CCB


21 e 22 de Setembro de 2007
às 21h | GRANDE AUDITÓRIO

Duração:1h40 minutos c/intervalo

Sob o título D’un soir un jour, a coreógrafa belga Anne Teresa de Keersmaeker concebeu, ao som de Debussy, George Benjamin e Stravinski, seis andamentos de excepcional riqueza; seis oportunidades de partilharmos com a coreógrafa a sua obsessão entre o puro movimento e a música.

In CCB web Page

segunda-feira, agosto 27, 2007

Curso Poesia

Na agenda dos próximos Cursos de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa, vai ter lugar um Curso de Poesia com a orientação de José Fanha.
O curso decorrerá entre 21 de Setembro e 7 de Dezembro, às sextas-feiras, das 19 às 21 horas.
A frequência do curso é gratuita e requer inscrição prévia (as vagas são limitadas).
As aulas decorrem na Sala de Âmbito Cultural, no Piso 7 do El Corte Inglés (Av. António Augusto de Aguiar, 31).
As inscrições podem ser feitas até 11 de Setembro.
Telefone: 213 711 700
E-Mail: servico_clientes@elcorteingles.pt

sábado, agosto 25, 2007

Evento Poetria

A Livraria Poetria realiza mais uma sessão de poesia no âmbito do ciclo "A Cidade Poética", desta vez sobre "A POESIA AFRICANA", no próximo dia 31/8, pelas 18,30h. no Centro Comercial Galerias Lumière (R. José Falcão/R. das Oliveiras).

Serão ditos poemas por Armindo Cerqueira e Adorado Mara, com acompanhamento musical por Chalo Correia.

A NÃO PERDER!

Local: Porto

quinta-feira, agosto 23, 2007

Festival Marés Negras


Dia 01 de Setembro no Coliseu do Porto a partir das 19 Horas
Bilhete: 25 Euros

quarta-feira, agosto 22, 2007

A Instalação da Cultura Holandesa no Brasil


No caso holandês, o domínio do Conde João Maurício de Nassau-Siegen (1) sobre o Recife ocorreu por volta do século XVII. Portugal, até 1640, estava sendo governado pelo rei Felipe II de Espanha, este tendo decretado o fechamento dos portos ibéricos aos holandeses. Os flamengos, desta forma, optaram pela exploração da Capitania de Pernambuco, na época, pólo de riquezas oriundas, principalmente, dos engenhos de açúcar. A tomada das colónias nordestinas brasileiras pelos neerlandeses/holandeses começou a partir de 1624, porém a época de principal domínio ficou a cargo da chegada de Maurício de Nassau ao Recife em 23 de janeiro de 1637. Nassau consolidou o domínio na Capitania de Pernambuco e o expandiu para o litoral das Capitanias do Ceará, Sergipe e Maranhão. Sua presença na invasão flamenga, foi resultado da aceitação ao convite da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (2), que era um exemplo alternativo de empresa de mercadores para administrar os recentes domínios conquistados no Brasil, em troca de ajuda financeira e títulos militares e de nobreza. Podemos pensar nos termos de hoje, que se tratava de uma empresa privada com o objectivo de organizar e explorar o comércio exterior (ao contrário de Portugal, onde prevaleceu a intervenção e dependência forte do Estado), da qual Nassau tornou-se funcionário.

Até o fim do seu governo, em 1644, o príncipe Maurício de Nassau contribuiu determinantemente para a instalação e desenvolvimento cultural, com o objectivo visionário de transformar Recife numa capital moderna, a qual chamaria Mauritsstadt. Como exemplo, podemos citar que Nassau introduziu métodos aperfeiçoados de cultivo de cana-de-açúcar e de fumo (Agricultura); drenou terrenos, construiu canais, diques, pontes, palácios (Arquitectura e Urbanização); construiu jardins, museus e um observatório astronómico (Ciência). Além disso, Nassau, de formação erudita e humanística, fomentou comitivas de artistas, cientistas e intelectuais em geral, donde se encontraram nomes como os do artista plástico e botânico Albert Eckhout (1610-1665), do pintor Frans Post (4), do geógrafo e cartógrafo Georg Markgraf, do médico Willem Piso e do escritor Gaspar Barleus (5).
João Araújo é aluno do curso de Mestrado em
Criações Literárias Contemporâneas pela Universidade de Évora, Portugal.
Página na internet: http://www.jpoeta.blogspot.com/

1) Nasceu em Dillenburg, perto de Frankfurt e Siegen, na actual Alemanha, em 17 de junho de 1604 e faleceu em 20 de dezembro de 1679 nos arredores de Kleve.
2) A criação desta empresa, W.I.C, foi a resposta de empresários e do governo holandês à política hostil da Espanha.
3) Durante a estada dos holandeses, diversas lutas foram travadas contra os portugueses, os espanhóis e os nativos. Os neerlandeses/holandeses viriam ser completamente expulsos por volta de 1654. Uma das famosas batalhas registadas é a Batalha dos Guararapes, ocorrida no Morro dos Guararapes, ao sul da cidade do Recife.
4) Frans Jansz Post (1612-1680) foi um dos primeiros a registar cenas e paisagens da vida brasileira.
5) Gaspar Barleus foi autor de um estudo científico da fauna e da flora do Brasil, além de observações meteorológicas e astronómicas, intitulado Historia Naturalis Brasiliae, Amsterdã. [1648].

sexta-feira, agosto 10, 2007

A Instalação da Cultura Portuguesa no Brasil

Sabemos que a influência portuguesa sobre o Brasil remonta desde os tempos de Descobrimento e Expansão Marítima, quando certos ideais europeus já foram se difundindo de alguma forma, para os quatro cantos do mundo. Entretanto, acentuemos aqui a influência cultural portuguesa com maior impacto, aquando da instalação da família real em solo tropical, a partir do século XIX. Não discutamos as razões políticas desta transferência para evitarmos um distanciamento da linha de raciocínio. Ressaltemos, notoriamente, que a atitude real portuguesa marcou inegavelmente a situação cultural da colónia, na época. Diga-se que a multidão envolvida neste processo de transferência girou em torno de 10 mil pessoas entre a família real, a Corte e a aristocracia. A Inglaterra enviou uma esquadra de 13 embarcações para acompanhar toda a viagem. Obviamente, que a decisão do príncipe regente D. João, incluiu na longa jornada todo o tesouro português e sua estrutura burocrática de ministros, conselheiros, juizes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha, membros do alto Clero, isto é, um grande arsenal científico, técnico e político. Neste ponto, o que nos interessa é destacar a ida, seja de forma precária ou não, de obras de arte, objectos dos museus e da Biblioteca Real, por volta de 60 mil livros. Decerto, estariam emigrando para o Brasil, uma parcela importante da intelectualidade ibérica, que aportaria em Salvador, em 22 de janeiro de 1808, após 54 dias de viagem.

Logo a família real se transferiria para o Rio de Janeiro, que foi sendo modificada pela nova administração estrangeira, para se fazer nos moldes europeus. A infra-estrutura da cidade foi sendo trabalhada e fomentada muitas vezes pelos ricos moradores, em troca de benefícios materiais ou atribuição de titulações de nobreza pelo príncipe regente (1). Uma multidão de imigrantes começou a aportar no Rio de Janeiro, com a perspectiva de construir uma vida melhor. Eram estrangeiros das mais variadas nacionalidades entre espanhóis, franceses, ingleses, alemães e suíços. Diante das distintas qualificações dos imigrantes, entre os quais citamos médicos, professores, alfaiates, farmacêuticos, modistas, cozinheiros e padeiros, ressaltamos a presença intelectual de representantes diplomáticos na nova capital do Império. Assim, a opinião pública da colónia, Rio de Janeiro, se enriqueceu devido ao teor de sua plural sociedade em crescimento.

Reuniões elegantes eram promovidas pela nobreza e esses bailes são indicativos de uma cultura musical começando a ser desenvolvida numa troca mútua de experiências entre os músicos dos salões e os músicos dos recantos mais populares. A sociedade feminina começa a quebrar a reclusão a que era submetida e passa a frequentar mais os espaços públicos, os teatros, além de se dedicarem à leitura. O príncipe regente incentivou a educação, através de uma iniciação escolar de primeiras letras. É claro que houveram problemas sociais variados como a questão da escravidão e a pobreza, porém não vem ao caso enveredarmos por estas discussões. Na sequência da dinâmica social, vale indicar o nascente desejo de estabelecimento de uma cultura geral nacional, a erguer o sentimento de uma futura e mais forte opinião pública neste sentido, até culminar no tingimento positivista da ordem e progresso na bandeira daquela nação. A ida da família real portuguesa para o Brasil, representou um evento impulsionador para aquele jovem país, injectando em seu solo, novos e riquíssimos ingredientes das mais variadas sociedades, que se confrontavam, seja de forma passiva ou não, modelando e construindo uma possibilidade nova de sociedade.

João Araújo é aluno do curso de
Mestrado em Criações Literárias Contemporâneas
Évora, Portugal
Página: http://www.jpoeta.blogspot.com/

1) Por exemplo, foram construídos chafarizes para o abastecimento de água, pontes e calçadas; abriram-se ruas e estradas; foi instalada a iluminação pública; passaram a ser fiscalizados os mercados e matadouros; organizadas as festas públicas, etc.

terça-feira, agosto 07, 2007

Concerto com as Bandas Vanden Plas, Hyubris e Progono


Divulgamos aqui uma grande noite de rock progressivo com a banda alemã Vanden Plas que estará, pela primeira vez em Portugal, para um espectáculo ímpar. O concerto terá início com a actuação de duas bandas portuguesas de rock, Progono e Hyubris.

VANDEN PLAS


Banda formada em 1990 com sete álbuns de originais editados, combina a criatividade do género progressivo com a agressividade do metal. A sua participação nos principais festivais Europeus e Norte Americanos é uma constante, como no ProgPower Europe e o Rock Station Festival Ankara, na Turquia. Têm tocado ao lado de grandes nomes da música rock como os Dream Theater, os Pain of Salvation e os Saxon, Nightwish, entre outros. Neste espectáculo único apresentam o seu último álbum "Christ 0", reflexo de várias experiências, revelando uma banda no seu expoente criativo pela variedade, dinamismo e maturidade expostos nas suas composições. (www.myspace.com/vplas e www.vandenplas.de)

BAIXO Torsten Reichert
TECLAS Günter Werno
VOZ Andy Kuntz
BATERIA

Andreas Lill
GUITARRA Stephan Lill



HYUBRIS


Desde 1998, que os seus membros exploram as sonoridades do heavy-metal, resultando no aparecimento dos Hyubris em 2001. Com concertos de norte a sul do país, gravam o CD "Desafio" em 2002, consolidado em 2005 com o novo álbum, "Hyubris". (www.hyubris.com)
VOZ E FLAUTA Filipa Mota
GUITARRA Jorge Cardoso
GUITARRA BAIXO e
GUITARRA PORTUGUESA Panda
BATERIA Lulla
TECLAS João David


PROGONO


Progono nasce em Torres Novas, um projecto que junta em palco um grupo de amigos em torno da música metal e do rock progressivo. (www.myspace.com/progono)

VOZ Henrique Neves
GUITARRA Pedro Lopes
BAIXO Luís Dias
BATERIA João
Martins

17 de Novembro de 2007 - PALÁCIO DOS DESPORTOS - Torres Novas

Entrada: 15,00€

Início do Evento : 20H30


BILHETES à VENDA EM:
- Local do Evento ;

- Worten

- Fnac

- Lojas Viagens Abreu

- Bliss

- Liv. Bulhosa ( Oeiras Parque )

- TicketLine ( www.ticketline.pt ) Reservas: 707 234 234


Enviado por: João Martins (Grendel)

sábado, agosto 04, 2007

Dias 04, 05, 11, 12, 18, 19 e 26 de Agosto das 16h00 às 21h00 no Jardim do Lago na Covilhã:

INSUFLÁVEIS GIGANTES - Coloridos e divertidos insufláveis gigantes prometem fazer as delícias dos mais novos nestes dias e Verão.

Dia 11 de Agosto a partir das 22h00 no Jardim do Lago na Covilhã:

CONCERTO DE RUI VELOSO.

De 31 de Agosto a 02 de Setembro das 11h00 às 22h00 na Praça do Município na Covilhã:

4ª FEIRA DO LIVRO.

Festivais de Verão

Ainda há muito entretenimento, muito sol, muita música e muita gente para conhecer...
Podes aceder aos cartazes aqui. E Diverte-te!!!

Festival de Ópera em Óbidos


O magnífico cenário da Vila de Óbidos, na Cerca do Castelo, recebe mais um Festival de Ópera, durante o mês de Agosto. Este ano, o destaque vai para Verdi, nomeadamente com o Requiem e La Traviata.

Para além das grandes óperas, estão agendados um concerto inaugural, óperas de compositores como Purcell, Donizette, Salieri e Scarlatti, concertos infantis e uma Gala de Ópera, onde serão tocadas e cantadas as mais famosas árias de ópera, com fogo de artifício.

Os bilhetes para o festival de ópera encontram-se à venda nos seguintes locais:

Bilheteira da Sala; Bliss; Fnac; Livraria Bulhosa – Oeiras, Lojas Viagens Abreu, Worten e em www.ticketline.sapo.pt

Reservas e informações pelo telefone 262 959 231, ou TICKETLINE telef.: 707 234 234.
FestArte
ATÉ 6 de Agosto de 2007, Concelho de Matosinhos

PROGRAMA - FESTIVAL DE PIANO 2007 - ÓBIDOS


Auditório Municipal da Casa da Música | 21h00


Sábado, 4 de Agosto
Boris Berman
(piano)
Obras de: Haydn, Brahms, Debussy


Domingo, 5 de Agosto
Participantes das Masterclasses


Segunda-feira, 6 de Agosto
Participantes das Masterclasses

Preço Bilhetes:
(dias 29, 30, 31, 1, 3, 4)
Bilhete: €15,00
Bilhete Redução: €8,00

(Dias 5, 6 de Agosto)
Bilhete: 12,00
Bilhete Redução: €6,00

Bilhete Assinatura: €95,00 (com redução: €50,00)

Bilhete redução: estudantes, terceira idade e músicos

Bilhetes para os concertos estão à venda no Posto de Turismo de Óbidos e no Auditório Municipal da Casa da Música, imediatamente antes dos concertos.

Para mais informações sobre a Semana Internacional de Piano, por favor consulte www.pianobidos.org

quinta-feira, agosto 02, 2007

O Perfil do Indivíduo, do Público e do Artista do Século XIX (Parte II)

Apesar de no século XIX ter aumentado a interacção do artista com o público e ter gerado o modelo de artista tal qual descrito na Parte I deste texto, destacam-se outros dois modelos, entre outras variações, que coexistiram separados entre si e ladeando aquele supracitado, através do grau de interacção do público e reconhecimento financeiro. Assim, enquanto no extremo inferior da pirâmide, estava a grande maioria composta de artistas solitários, porém heróicos, que passavam pela vida sem ter desfrutado de um retorno económico merecido, no cume da pirâmide estavam os artistas concebidos como verdadeiros príncipes no que diz respeito ao retorno financeiro e a compreensão, interacção e participação de seu público (1), a exemplo de Richard Wagner ou Edouard Manet.
Um dos principais objectivos das sociedades artísticas criadas no início do século XIX, era a difusão da arte, através da criação de um fórum público para as artes plásticas. Organizavam exposições regularmente e tentavam atrair a classe média a marcarem presença e comprarem as obras de arte contemporânea (2). O perfil do público havia mudado entre os inícios de 1800 e a partir de 1850. A burguesia foi reeducando seus gostos pela arte e cultura e seu crescimento económico tornou-lhe uma massa com amplas possibilidades de consumo. Tendo ou não um apurado espírito crítico, os valores burgueses foram conquistados pela arte. Elementos mediadores ou divulgadores culturais como as revistas de arte, os historiadores e os críticos de arte, contribuíram para a modelagem desses novos valores, sobre a grande massa capitalista. Uma das formas de cada indivíduo demonstrar prosperidade e cultura, era frequentar os teatros, comprar um quadro à óleo ou assistir a um concerto. Esta movimentação dos mediadores era por vezes rejeitada pelos artistas, que consideravam mais importante ver e sentir a arte, do que lê-la nos manuais de história, julgando esta última uma forma, nos termos de hoje, de alienação.
Porém, no ramo artístico musical, numa primeira vista, a arte não necessitava de um prévio preparo do consumidor para usufruir de seus efeitos. A música por si só, chegava aos ouvidos do seu público e bastava-lhe isso, para tocá-lo e sensibilizá-lo. Sendo assim, os críticos musicais, apesar de existirem, tiveram muito menos influência sobre o público do que os críticos da arte pictórica. Numa panorâmica comparativa, enquanto que a maioria dos estudantes de artes plásticas das academias procediam de pais que exerciam profissões na indústria, na manufactura e no comércio, os pais dos alunos das academias de música eram médios funcionários, militares altos e profissionais liberais. Na Alemanha e na Itália o papel artístico central foi ocupado pela música e pela poesia; na França e na Inglaterra as artes plásticas ocuparam a posição de interesse.
A música e os músicos estavam muito mais presentes na vida quotidiana, eram muito mais acessíveis e omnipresentes ao seu público: nas escolas, nos corais, na igreja, no exército e em casa. Este público também era abrangente, não ficando restrito apenas às classes nobres e burguesas, mas também a operária. Além de cada cidade incentivar o ensino da música com a fundação de escolas, havia uma certa competição entre as cidades pela qualidade e quantidade de vida musical sustentada pela Corte. Além disso, a presença da burguesia era grande, desde princípios do século XIX quando se fundaram inúmeras sociedades burguesas musicais. Tais grémios aglomeravam artistas profissionais e aficcionados, realizavam concertos, disputavam músicos virtuosos e organizavam festivais. A música cada vez mais foi se libertando das imposições sociais, necessitando apenas da atenção do bom ouvinte. O foco das atenções era sobre os compositores e suas composições e não tanto sobre os intérpretes da obra, que geralmente se apresentavam num formato de concerto.
A relação entre compositor e público era mais intensa e mais distante do que a relação entre o artista plástico e os seus clientes. Enquanto que num retrato encomendado, o cliente teria um objecto de veneração sólido e duradouro, na música, o produto final era efémero no sentido de que só existia enquanto se executava. No quadro o olhar do público necessitava de um preparo erudito racionalizado, enquanto que na música bastava a atenta sensibilidade. Se o pintor era um indivíduo onde constelava a magia de um bruxo dos sentimentos, o mito sobre o compositor era maior ainda. Beethoven, Schubert, Schumann e, sobre tudo, Wagner foram heróis divinizados daquela nova arte do som, personagens do Olimpo inclusos entre seus contemporâneos.
Parece-nos aqui, estar nascendo a estrutura cultural do público dos nossos dias, quando a alta burguesia se apossa mais tarde da arte como objecto de negócios. O mercado cultural, a indústria das produções artísticas e dos suportes das suas realizações estariam por vir com intensidade, na entrada do século XX, herdeiro de um século atribuidor de um grande valor à actividade capitalista.

João Araújo é aluno do curso de
Mestrado em Criações Literárias Contemporâneas
Évora, Portugal

1) El hombre del siglo XIX. Versión española de: José Luís Gil Aristu. Madrid, pp. 335-344.
2) Em 1865, havia na Europa um total de 203 associações desse tipo; 54 das quais só nos Estados alemães. El hombre del siglo XIX. Versión española de: José Luís Gil Aristu. Madrid: Alianza Editorial, p. 348.
3) El hombre del siglo XIX. Versión española de: José Luís Gil Aristu. Madrid: Alianza Editorial, p. 359.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Hugo Cabelo, entrevistado no dia 12 de Julho, enviou-nos um poema sobre o seu processo de criação. Apreciem...

Por Vezes Assim Nasce...

Acaba por ser engraçado,
Ter que vir para aqui,
Fugir ao mundo
Para te fazer existir.

Existir, já existias
Enquanto deambulavas pelo meu cérebro,
Numa posição incerta,
Carreiros criados à pressa
Só para te deixar passar.

Corres, saltas, vais de encontro
Ao que não se desvia do teu caminho
(por alguma via tens que sair),
Roças as paredes cranianas,
Envolves-te novamente
Fugindo à detecção,
Implodes devagarinho, concentras-te
E do nada rebentas incontrolável
Para seres expelido
Por actos ou palavras compulsivas.

Jorras por todos os poros
E o pobre sou eu
Por não ser veloz como tu
Deixando-te com faltas,
Disparidades, acabando por te perder
Emerges escrito incompleto
Das partes mais esquivas
Que se perderam.
Essas não morrem, nem se consomem,
Espreitam provocantes
Pelas entrelinhas.

No dia que te captar no teu todo
Tenho medo de te matar,
Não me impeço de continuar a tentar.

Hugo Cabelo