SE A POESIA FOSSE O VENTO NORTE
Se o vento Norte fosse um rio...
Se o rio tivesse asas e voasse…
e me contasse, ao ouvido, suspirasse...
notícias de todos os cantos do mundo...
Pudesse dizer onde as águas são...
Onde as águas navegam no espelho do fundo.
Soubesse dizer onde...
Onde há um rio que me conta ao ouvido toda a poesia
No mundo.
Que a leva do canto escondido
ao espelho do fundo
e,
nos suspiros do regresso...
trá-la até mim que,
se a ouvisse... se a contasse...
não mais esta minha voz cansada
seria um ruído no suspirar do vento,
uma pedra no rio que não pára…
gotas lúcidas do Universo!
José Carlos Adão
21/03/2009