quarta-feira, novembro 30, 2005

A Essência do Progresso



«Lá porque vivemos em erectos edifícios não quer dizer que não vivamos afinal em cavernas. De resto cada homem vive mergulhado na penumbra da caverna que ele próprio é. E somos todos primitivos porque como o futuro está constantemente a cumprir-se, para os que vierem depois de nós seremos sempre velhos, depois antigos e depois primitivos. A essência do progresso consiste no eterno insistir sobre um mesmo esquema.- Mas que progresso é esse que se baseia na eterna repetição de si próprio?- A descoberta gradual da permanência do esquema.»

Ana Hatherly, in 'O Mestre'

Make Poverty History

Como 'prometi' ao "Lestat" deixo aqui um post num apelo à acção contra a pobreza...
A Make Poverty History defende várias causas numa tentativa de tornar o nosso mundo um lugar melhor. O seu principal objectivo é dar conhecimento ao maior número de pessoas que é possível acabar com a fome e outros problemas graves se os países ricos assim o quiserem.

Os principais pontos defendidos são:

-O combate à fome
-Levar água potável a todos os habitantes do planeta
-Perdão da dívida dos países de 3º mundo
-Combate à corrupção nesses mesmos países.
-Combate à pobreza extrema e à sida
-Mais e melhor ajuda aos países de 3º mundo
-O fim das contrapartidas pedidas aos países ajudados ("nós damos comida mas gostamos do vosso petróleo...")
-E Muito mais.

A diferença desta campanha para todas as outras até hoje é que eles não pedem dinheiro. Pedem apenas o apoio das pessoas. Na versão mundial do site, existem formulários que vos permitem enviar emails (que infelizmente nunca serão lidos) aos principais líderes mundiais. A versão americana tem um formulário em que só têm de escrever o vosso nome para "assinarem" a declaração escrita por eles. Coisas que todos podemos fazer.

Site mundial - http://www.makepovertyhistory.org/
Site Americano - http://www.one.org/
Site Português - http://www.pobrezazero.org/

(Atenção não são varias versões do mesmo site. São sites independentes.)

terça-feira, novembro 29, 2005

Sobre o Tema CRIADOR - 'Desaprender'


Há uma altura em que, depois de se saber tudo, tem de se desaprender. Sucede assim com o escrever. Com o escrever do escritor, entenda-se. Eu, provavelmente poeta, estou a aprender a... desaprender. E para quê e como se desaprende? Para deixar de ronronar, para que o leitor, quando o nosso produto lhe chega às mãos, não exclame, satisfeito ou enfastiado: «- Cá está ele!».Na verdura dos seus anos, a preocupação do escritor parece ser a da originalidade. Ser-se original é mostrar-se que se é diferente. E as pessoas gostam das primeiras piruetas que um sujeito dá. E o sujeito gosta de que as pessoas vejam nele um talento.Atenção, vêm aí as receitas, as ideias feitas, os passes de mão, os clichés, os lugares selectos ou, mais comezinhamente, os lugares comuns. O escritor está instalado. Revê-se na sua obra. Começa a abalançar-se a voos mais altos, a mergulhos mais fundos. É a intelectualidade que o chama ao seu seio, o público que o põe, vertical, nas suas prateleiras. Arrumado.
Quase sem dar por isso, o escritor acomodou-se e tornou-se cómodo, quando propendia, nos seus verdes anos, a incomodar-se e a tornar-se incómodo. Organiza «dossiers» com os recortes das críticas que lhe fizeram ao longo da sua carreira (nome, já de si, chamuscante), vai a colóquios, celebrações, congressos. Ganha prémios.É traduzido e publicado no estrangeiro. Por desfastio (e por que não?, algum dinheiro) aceita colaborar em conspícuas revistas ou em jornais efémeros como o dia a dia em que vão sendo publicados. Está de tal modo visível que já ninguém dá por ele. É o escritor.Se as coisas continuarem indefinidamente assim, o escritor pode ser alcandorado a gloríola nacional, com todos os direitos inerentes a uma situação dessas: academia, nome de rua, estatueta ou estátua, tudo isso em devido tempo, quer dizer, já velho ou já morto o escritor.Pedra campal sobre o assunto.
(...)
O criador deve ter a consciência de que, por melhor, que crie, não consegue mais do que aproximações a uma perfeição que lhe é inatingível. Ele é um derrotado à partida. Sabê-lo e, apesar de tudo, prosseguir, é o seu único e legítimo motivo de orgulho.
Alexandre O'Neill, in "Uma Coisa em Forma de Assim"

domingo, novembro 27, 2005

M A R I K O M O R I


Mirror of the water 1996






"Em mim faço arte, de mim faço arte. "



"Sou arte."





" O meu trabalho é uma revelação do pensamento.
Sinto prazer em projectar a atitude esotérica através do mundo interior."





Mariko nasceu em Tokio, em 1967. Nos anos 80 trabalhou como modelo e simultaneamente formou-se em design de moda.

No fim dos anos 80, esteve em Londres, onde aprofundou a sua formação em Arte. Em 1992, mudou-se para New York, onde desenvolveu o seu trabalho.

Nos anos 90 do século passado, Mariko surgiu no mundo da arte como um "alien" sedutor, de um mundo ainda por nascer.


Faz-se fotografar, como um personagem misto de "Manga" e ficção científica com laivos, obviamente orientais. Plástico e Cor. Assume-se como o produto artístico, numa consciência perturbadora do caracter efémero do seu trabalho, que pretende contrariar, fechando os fatos e elementos das suas produções em cápsulas de Plexiglass, com indicação de só serem abertas e reexpostas 25 anos depois. Cruzando o mundo da Moda e da Música com esoterismo filosófico, em que Budas voadores, em versão "manga" povoam as suas imagens sofisticadas com animação de várias camadas. Tem realizado filmes em 3 dimensões, videos com música repetitiva e insistente.

Incorporando-se nas suas instalações, como estrela estilizada, cria visões utópicas e simultaneamente lúdicas de grande impacte sensorial.

As produções dos seus trabalhos são de tal forma dispendiosas, que alguns consideram-nas as mais dispendiosas da história da arte (Nota: esquecem-se, no seu contexto, das grandes produções renascentistas) que para ser possíveis são financiadas por "sponsers" como a Sisheido e a Sony.


Links:

http://www.thedreamexperience.homestead.com/files/start.htm

http://www.mcachicago.org/MCA/exhibit/past/Mori/

"SLAVA’S SNOWSHOW”


Produção: UAU
Dos 8 aos 80, um espectáculo para toda a família
De 6 a 18 de Dezembro (excepto 2ª feira 12, folga) às 21h
Sábados e Domingos também às 16h
Duração: Aprox.75 m c/ intervalo
Slava´s SnowShow, o espectáculo do maior palhaço do mundo está de regresso ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Belém. Moderna, a sua arte reflecte o saber acumulado por muitas gerações de palhaços e, em cada representação, somos remetidos para momentos plenos de magia e poesia. Um misto de teatro, música, efeitos especiais e surpreendente desenho de luz, SNOWSHOW desperta no público emoções esquecidas, a criança que todos guardamos e calamos no stress do dia-a-dia. Em cada espectáculo, o sabor de gerações de palhaços expresso com surpreendente actualidade.
Dos 8 aos 80, SLAVA'S SNOWSHOW é um momento único de libertação para ser vivido e repetido até que a imaginação se esgote.
Slava´s SnowShow - 6 a 18 de Dezembro - Grande Auditório CCB

Nippon Koma - Festival de Cinema Japonês

Cinema de 28 de Novembro a 3 de Dezembro
18h30 e 21h30
Pequeno Auditório
Filmes Legendados em inglês
2 Euros Preço único.
Reservas: 21 790 51 55
Aparentemente cristalizado num momento de transição, o cinema japonês, a exemplo de outras formas de criação visual no Japão, como a animação e os “novos media,” subsiste num balanço entre a nostalgia por uma modernidade carregada simultaneamente de contradição e conflito, e a promessa utópica de uma sociedade científico-tecnológica, infinitamente capaz de invenção material e de criação de identidades libertadoras. No entanto, a relação operativa entre as culturas visuais do Japão e do Ocidente não é de resistência monolítica, de oposição e ruptura. Pelo contrário, envolve processos da multiplicação, variação, e fractura com inúmeras fontes e modelos. Esta nova edição do Nippon Koma irá explorar estes balanços e nexos, ao projectar uma imagística estilística e visualmente mais ou menos abstracta e desconcertante, que confirma a conspícua dissolução do espaço e das leis naturais na animação japonesa, acompanhada por trabalhos mais realísticos, que documentam as anomalias, fracturas, e tensões sócio-espaciais e económicas.

Prémio Tradução Científica e Técnica

A XIII edição do 'Prémio de Tradução Científica e Técnica em Língua Portuguesa' - atribuído pela União Latina e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia - distinguiu, no dia 14 de Novembro e em ex-aequo, Ana Maria da Silva Valente, pela tradução da Poética, de Aristóteles, e João Barrento, pela tradução de Origem do Drama Trágico Alemão, de Walter Benjamin, em sessão que teve lugar no Instituto Franco-Português,em Lisboa com o apoio IC.
Fonte: JL (de 23 de Novembro a 6 de Dezembro)

Casa da Línguas Ibéricas

A docência, investigação e divulgação dos idiomas da Península Ibérica (com 600 milhões de falantes em todo o mundo) serão as três linhas de actuação da Casa das Línguas Ibéricas (CLI), cuja abertura está prevista para Fevereiro. Com sede na Universidade de Alcalá de Henares, a iniciativa do Instituto Cervantes em parceria com os homólogos peninsulares tem um «profundo valor simbólico de defesa da riqueza linguística» sublinhou Jorge Urrutia, Director Académico do Cervantes, à saída da última reunião entre os parceiros, no dia 11 de Novembro, na sede do IC. Em preparação estão já um livro e uma exposição sobre as Línguas Ibéricas e Cursos de Português e Catalão para sectores profissionais específicos. «Queremos fazer uma experiência piloto que possamos extrapolar a outras universidades», acrescentou Virgílio Zapatero, Reitor da UAH, onde nasceu o Cervantes, que ali mantêm um centro de formação de professores. «Num futuro próximo pretendemos abrir um centro de investigação e ajudar a constituir uma licenciatura de Línguas Ibéricas.»
Fonte: Jornal de Letras (23 de Novembro a 6 de Dezembro)

quinta-feira, novembro 24, 2005

Gulbenkian esgota participação em projecto educativo

O projecto "Descobrir a Música na Gulbenkian" aposta na formação de novos públicos para a música erudita e dirige-se a crianças, jovens e adultos interessados em alargar a sua cultura musical. Os ateliers para crianças já se encontram esgotados.

Começou em Outubro e está a ser um verdadeiro sucesso. O projecto educativo lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian conta com a participação activa das escolas, professores e pais, a quem o projecto também é destinado. Desvendar caminhos para a música erudita, possibilitar a sua vivência, estimular a sua compreensão e potenciar a sua presença no quotidiano dos participantes são os principais objectivos do projecto.O projecto da Gulbenkian não consiste numa aprendizagem musical formal nem propõe módulos de formação com conteúdos programáticos organizados, mas aposta no potencial de sedução da própria música, apresentando-a em contextos sugestivos que apelam à criatividade, à ligação com outras artes e estimulam o poder de comunicação poética com o ouvinte dos vários níveis etários.Visitas guiadas aos bastidores da Orquestra Gulbenkian e ateliers para grupos de crianças e jovens associarem a vivência da música à experiência da dança e das artes plásticas são algumas das actividades disponíveis no âmbito do projecto. Nas oficinas, crianças e jovens podem assistir à montagem de um pequeno espectáculo musical, através de meios rudimentares.A associação da música às demais artes do espectáculo resulta, assim, em concertos encenados, óperas, conferências, cursos livres, concertos comentados e diversos outros espectáculos, como "O Piano e os seus Amigos" (onde se explora o universo da música de câmara e da interacção entre vozes e instrumentos, expondo-o de forma teatralizada); "A Menina do Mar", a partir do texto de Sophia de Mello Breyner e da partitura de Fernando Lopes-Graça e que envolve um conjunto instrumental de maiores dimensões, para propor uma introdução à linguagem orquestral; "Uma Pequena Flauta Mágica", que revisita a obra-prima de Mozart nos 250 anos do nascimento do compositor, abrindo caminhos para a compreensão do universo do teatro musical.As actividades decorrem até Julho do próximo ano, mas os ateliers para crianças estão já esgotados, sendo que ainda se encontram algumas vagas nas sessões para os jovens. Catarina Molder, responsável pelo projecto, diz que se está a equacionar a hipótese de abrir algumas sessões extra: "Este ano tivemos uma afluência gigantesca, os ateliers para crianças estão completamente cheios e já temos listas de espera. Isto acontece porque não existe muita oferta nesta área". A responsável garante, no entanto, que as actividades continuarão nos próximos anos lectivos.A agenda de espectáculos do projecto "Descobrir a Música na Gulbenkian" encontra-se disponível em http://www.musica.gulbenkian.pt/projecto_educativo_2005_2006 .

segunda-feira, novembro 21, 2005

Música no CCB

3 PIANOS
Bernardo Sassetti, Mário Laginha, Pedro Burmester
Produção: Incubadora d'Artes / LDI
25 de Novembro 2005
às 21h Grande Auditório do CCB

Um espectáculo ao vivo, inédito e único, reúne três dos mais importantes pianistas do panorama musical português. As suas especificidades, distintas mas complementares, adivinham momentos inesquecíveis. Um concerto que conjugará performances a solo, em duo e em trio. Este foi o desafio colocado aos músicos pela Incubadora d'Artes, numa parceria com a LDI.Este é o desafio que colocamos a si.Feche os olhos e assista a um evento único.No centro do triângulo.Quando três dos melhores pianistas portugueses da actualidade se juntam para um concerto presume-se que o resultado será, no mínimo, interessante. E quando esses três pianistas, para além dos melhores, são também amigos de longa data, as expectativas aumentam e auguram-se boas surpresas.
Mário Laginha, Pedro Burmester e Bernardo Sassetti, trinta dedos, seis mãos para três pianos é a proposta que a Incubadora d'Artes e Ldi apresentam já no próximo dia 25 de Novembro no grande auditório do CCB, às 21h30. Da música clássica, que formou os três, aos sons mais livres do jazz sempre presentes nas carreiras de Laginha e de Sassetti, será sobretudo a cumplicidade e o prazer de tocar em conjunto a tomar conta do palco.Mário Laginha constitui, porventura o elemento unificador neste espectáculo, se tivermos em conta o seu trabalho em duo quer com Burmester, quer com Sassetti, já bem conhecido do público. O encontro entre Laginha e Burmester deu-se no início da década de 90, com a formação de um duo que interpretava obras de compositores de finais do século XIX e século XX, tais como Maurice Ravel.
(Todos eles são de uma grandeza musical excelente mas Sassetti foi uma das maiores descobertas da minha vida em Évora - uma bela noite para recordar).

domingo, novembro 20, 2005

LAURA OWENS


Laura Owens no estúdio


"Não tenho interesse em provocar desconforto,
mas também não me interessam pinturas estáticas.
As melhores pinturas são as que exigem
uma observação activa e discernente."

Laura Owens




Laura Owens nasceu em 1970, em Euclid, Ohio. Actualmente está em Los Angeles.


As pinturas de Laura Owens, são normalmente de grandes dimensões, entre os 3 e os 4 metros, na sua medida maior.


Há algum tempo, no seu blog, a "Amante de Letras" levantou a questão das vantagens e inconvenientes de colocar títulos nas obras. Laura Owen, só muito raramente põe um título.

Assume influências de numerosas fontes visuais, preferindo meios que criem ilusão através de formas rigorosamente definidas sobre superfícies planas, como acontece em filme, televisão, computador, etc.

Curiosamente, conjuga esse conceito, com uma aplicação original e variada da tinta sobre a tela, sugerindo ideias e sentimentos de leitura figurativa com traços simples, e conjugando isso com pássaros, cavalos, arranjos florais, evocando, até, estílisticamente, a pintura tradicional japonesa.

Quem examinar a obra global, encontrará pinturas, que ao primeiro olhar parecem puro expressionismo abstracto, para depois se intrepertarem num figurativo óbvio, através da análise cromática e das formas. Utiliza de forma sagaz a ordenação dos elementos, na composição, para criar tensão visual, sem atingir desconforto, como ela refere.

É muito cuidadosa com a relação entre as pinturas e o ambiente em que estão inseridas, priveligiando a atenção sobre a interacção daqueles com o observador. Em 1999, criou dois paineis, que ao serem expostos, foram colocados, em frente um do outro, em paredes opostas da galeria, utilizando o espaço tridimensional da mesma, de tal forma que o observador, ao parar entre elas, ocupava o espaço virtual da obra de arte.



Links
www.crownpoint.com/artists/owens/
www.artnet.com/ag/fineartthumbnails.asp?aid=12963
www.artcyclopedia.com/artists/owens_laura.html

sexta-feira, novembro 18, 2005

Pedro Serrenho Arte Contemporânea

Unidade Multiplicidade

Exposição de Pintura e Escultura
de Joana Dias e Paula Castro Freire

até 30 de Novembro
Rua dos Navegantes, 43A
Telf. 213 138 714
3ªa Sáb. das 11h às 19h

Museu do Chiado

Primeiros Modernismos em Portugal
na colecção do Museu do Chiado - MNAC
até 31 de Dezembro
William Kentridge: Viagem à Lua/ Sete Fragmentos para Georges Méliès/ O Dia pela Noite
até 31 de Dezembro
Rua Serpa Pinto, nº 4
Telf. 213 432 148
3ª das 14h às 18 h
4ª a Dom. das 10h às 18h

quinta-feira, novembro 17, 2005

Sociedade da Língua Portuguesa
Instituto da Cultura
Grande Prémio Internacional de Linguística da SLP
Luís Filipe Lindley Cintra 2005
Com o Patrocínio do
Ministério da Cultura
Instituto Português do Livro e da Leitura
5 000 Euros
Entrega dos Trabalhos até dia 16 de Janeiro de 2006
Regulamento à disposição na sede da
Sociedade da Língua Portuguesa,
Rua Mouzinho da Silveira, 23
1250-166 Lisboa,
das 13 às 19h30
Telefone: 213 533 458

Exposição Colectiva

Fui "roubar" este post ao Blog do Antonior... mas sem conseguir colocar o cartaz (peço desculpa António)

Exposição Colectiva de Pintura

11 autores

Ana Graça
António Rodrigues
Fernanda Martins
Isabel Bastos
Leandro Bastos
Luciano Martins
Olga Martins
Paula Alves
Paulo Raposo
Teresa Castro
Virgínia Barral

Promovida por: FineArtsPortugal

Inauguração:Dia 29 de Novembro de 2005, terça-feira pelas 18:30h

Estará patente:No Fórum Picoas (PT),
até dia 7 de Dezembro de 2005
Av Fontes Pereira de Melo, 38C – Lisboa
Horário:Segunda a Sábado das 8:00 às 21:00h
Encerrado no domingo 4-12-2005

Congresso de Literatura Brasileira

«O Porto e a Literatura Brasileira» é o tema em debate no IV Congresso Português de Literatura Brasileira, organizado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e que decorre nos próximos dias 17 e 18. Nele participarão, além dos organizadores Arnaldo Saraiva e Francisco Topa, professores e ensaístas dos dois países, como Regina Zilberman, Maria da Glória Bordini, Antônio Carlos Secchin, Maria de Fátima Marinho, Zulmira Santos, Pedro Eiras, Abel Barros Baptista, Vânia Chaves, Maria Aparecida Ribeiro e Petar Petrov, entre outros. É a primeira vez que o congresso analisa um tema único, no caso autores portuenses ligados ao Brasil, como Pero Vaz de Caminha, Tomás António Gonzaga, Adolfo Casais Monteiro, e autores brasileiros que escreveram sobre o Porto, como Murillo Mendes, Antônio Torres e Erico Veríssimo. O autor de Olhai os Lírios do Campo, de que agora assinala a passagem do centenário do nascimento, será homenageado no congresso.

Fonte: Jornal de Letras

Colecção Taschen - Movimentos Artísticos

Já (espero eu!) deverão saber mas, de qualquer forma, para os mais distraídos...
"No ano em que a editora alemã, criada por Benedikt Taschen, celebra o 25º aniversário, o PÚBLICO volta a associar-se à maior editora de livros de arte do mundo para lançar uma nova colecção dedicada aos vários movimentos artísticos surgidos a partir do século XIX.
Ao todo, são dez volumes, nos quais se pode encontrar uma contextualização de cada tendência artística e também uma ficha sobre os seus principais representantes. "

O primeiro volume foi dedicado ao Expressionismo. Já foram lançados, também, o Cubismo, o Surrealismo, o Dadaísmo e o Realismo. Seguir-se-ão o Futurismo, o Expressionismo Abstracto, a Arte Fantástica, Pop Art e o Minimalismo.

Todos os domingos, a colecção TASCHEN Movimentos Artísticos por apenas 4,50 euros!
Também para o cultivo da mente e a um preço bastante acessível... :)
Visitem o seguinte Link para mais informações (para variar não consigo colocar imagens...):

quarta-feira, novembro 16, 2005

Carta de António Lobo Antunes a Maria José Lobo Antunes

Uma das mais belas cartas de amor de sempre... em breve em livro...

7.4.1971
Meu amor querido
Adoro-te minha gata de Janeiro meu amor minha gazela meu miosótis minha estrela aldebaran minha amante minha Via Láctea minha filha minha mãe minha esposa minha margarida meu gerânio minha princesa aristocrática minha preta minha branca minha chinezinha minha Pauline Bonaparte minha história de fadas minha Ariana minha heroína de Racine minha ternura meu gosto de luar meu Paris minha fita de cor meu vício secreto minha torre de andorinhas três horas da manhã minha melancolia minha polpa de fruto meu diamante meu sol meu copo de água minhas escadinhas da Saudade minha morfina ópio cocaína minha ferida aberta minha extensão polar minha floresta meu fogo minha única alegria minha América e meu Brasil minha vela acesa minha candeia minha casa meu lugar habitável minha mesa posta minha toalha de linho minha cobra minha figura de andor meu anjo de Boticelli meu mar meu feriado meu domingo de Ramos meu Setembro de vindimas meu moinho no monte meu vento norte meu sábado à noite meu diário minha história de quadradinhos meu recife de Manuel Bandeira minha Pasargada meu templo grego minha colina meu verso de Höderlin meu gerânio meus olhos grandes de noite minha linda boca macia dupla como uma concha fechada meus seios suaves e carnudos meu enxuto ventre liso minhas pernas nervosas minhas unhas polidas meu longo pescoço vivo e ágil minhas palavras segredadas meu vaso etrusco minha sala de castelo espelhada meu jardim minha excitação de risos minha doce forquilha de coxas minha eterna adolescente minha pedra brunida meu pássaro no mais alto ramo da tarde meu voo de asas minha ânfora meu pão de ló minha estrada minha praia de Agosto minha luz caiada meu muro meu soluço de fonte meu lago minha Penélope meu jovem rio selvagem meu crepúsculo minha aurora entre ruínas minha Grécia minha maré cheia minha muralha contra as ondas meu véu de noiva minha cintura meu pequenino queixo zangado minha transparência de tules minha taça de oiro minha Ofélia meu lírio meu perfume de terra meu corpo gémeo meu navio de partir minha cidade meus dentes ferozmente brancos minhas mãos sombrias minha torre de Belém meu Nilo meu Ganges meu templo hindu minha areia entre os dedos minha aurora minha harpa meu arbusto de sons meu país minha ilha minha porta para o mar meu manjerico meu cravo de papel minha Madragoa minha morte de amor minha Ana Karénine minha lâmpada de Aladino minha mulher
Fonte: Jornal de Letras (9 a 22 de Novembro de 2005)
em Évora:

Fundação Eugénio de Almeida
Pátio de S. Miguel.
Telef. 266 748 329

A Expressividade do Papel

Exposição de Antoni Tápies até 1 de Janeiro de 2006

segunda-feira, novembro 14, 2005

ELIZABETH PEYTON



Título: Kurt


" O que me interessa é a capacidade dos meus personagens serem eles mesmos e que, simultâneamente, ocupem um papel extremo na imaginação pública. Podemos ver a sua vontade, o que é incrivelmente belo."

E. Peyton, é americana, nasceu em Danbury, em 1965 e está radicada em N.Y.

A sua opção, em pintura, é o retrato. Pinta, maioritáriamente, figuras públicas, dos seus relacionamentos, ou não. Prefere pintar homens, a que dá quase sempre um aspecto andrógino.
O interessante em E. Peyton, é a sua interpretação do mundo interior das personagens retratadas, de uma forma sentida e honesta, olhando sob a luz e os conceitos de beleza e estética da cultura contemporânea. É de realçar, que é manifesta a sua preferência por pintar retratos da fase antes dos personagens atingirem o reconhecimento público.

Disse aqui, quando coloquei o primeiro post, que gostaria de referir, pintores menos conhecidos, e a trabalhar nos dias de hoje. Aqui estou a cumprir essa promessa.

Links:

http://www.artcyclopedia.com/artists/peyton_elizabeth.html

http://www.hauserwirthcollection.org/ENG/KUENSTLER/PEYTON/
artist_works_frame.html

http://www.moma.org/collection/browse_results.phpcriteria=O:
AD:E:8042&page_number=1&template_id=6&sort_order=1

http://www.artnet.com/ag/fineartthumbnails.asp?aid=13437

(quando os endereços aparecem partidos, é necessário copiá-los inteiros, para a linha de endereços do browser)

sexta-feira, novembro 11, 2005

WILLEM DE KOONING

Título do quadro: "Woman VI"




"Nada é certo sobre a arte, excepto de que é uma palavra.

Toda a arte se torna literária. Ainda não vivemos num

mundo em que tudo é evidente. É muito interessante

verificar que muitas pessoas que querem saber o que

diz uma pintura, nada mais fazem que falar sobre ela.

Porém, não é uma contradição. A arte é eternamente muda

e dela se pode falar eternamente"


Willem De Kooning


Contemporâneo de Pollock, se bem que mais jovem, expôs conjuntamente com ele.
Também uma figura destacada da Action Painting, começou por fazer pintura figurativa, mas, devido às influencias de Miró e à proximidade com Arshile Gorky, passou a pintar um universo interior, sem condicionalismos. A ideia é revelar em toda a sua nudez, o acto de pintar e a atitude gestual do artista.
Nunca gostou de ser considerado um "expressionista abstraccionista", pintado obras, que apesar das dificuldades de análise que levantavam a críticos e especialistas, eram figurativas. A série "Mulheres", estranhas, complexas, com um toque demoníaco, são um bom exemplo.
É uma obra de transformações e contrastes vigorosos, de composição perfeita, num equilíbrio apurado entre a tensão e a liberdade.


Links
http://www.artcyclopedia.com/artists/de_kooning_willem.html

quinta-feira, novembro 10, 2005

Stanley Kubrick


Como meu primeiro post neste blog colectivo queria começar por falar da forma de arte que me é mais querida- o Cinema. Conjugando esta minha vontade com outros factores, decidi falar um pouco sobre a obra de um dos cineastas mais marcantes da história do cinema. Por estes motivos e outros escolhi Stanley Kubrick, um realizador que faz a transição entre a época clássica do Cinema e o Cinema contemporâneo. Kubrick é, na minha opinião um génio por variadas razões das quais destaco a seguinte: não se limitou a um género. Kubrick filmou ficção científica (2001: A Space Odyssey) filmou comédia ( Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb) filmou guerra (Full Metal Jacket) fimou terror (The Shining) e o que conseguiu para além e ainda mais importante do que filmar obras primas, foi reler e revolucionar esses géneros.
No entanto, falar de Kubrick é também falar de A Clockwork Orange. Porquê? Só quem não viu o filme pode colocar esta questão. Pode-se gostar, pode-se não gostar mas não se sai indiferente.
E há de facto mais razões para falar hoje de Kubrick. Um coleccionador teria que gastar muitas horas à procura do filme em DVD, já para não falar da quantidade de euros que teria de dispender mas hoje a revista Sábado lança o primeiro DVD de uma colecção de 5 filmes de compra opcional com a revista. Uma boa ocasião para conhecer Kubrick e para ver bons filmes.
links indispensáveis:

Stockhausen na Gulbenkian

Stockhausen vem novamente ao Grande Auditório Gulbenkian protagonizar dois concertos, em que os programas são exclusivamente compostos com música do compositor germânico. Os dois concertos vão decorrer nos dias 12 e 13 de Novembro, às 19 horas, e enquadram-se no âmbito do ciclo de música contemporânea, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Fonte: Jornal de letras

quarta-feira, novembro 09, 2005

JACKSON POLLOCK




Estou aqui a convite da "Amante de Letras". Aceitei com prazer.

Penso que o convite se justificou porque "sujo" umas telas, à meia volta.

Ou talvez pelo Amor adivinhado que tenho pela Arte, em geral, e pela
contemporânea, em particular.

Isto para dizer, porque o privilégio é meu, de usar este espaço, para falar do que amo.
O meu tempo é limitado, mas vou tentar vir com regularidade satisfatória. Desde
ontem quando tomei a decisão de escrever aqui, que tenho ponderado com quem começar
a minha intervenção, que desejo seja um diálogo, uma tertúlia, como
a "Amante de Letras" refere.

Isso é importante, como estímulo, e para dar utilidade à minha disponibilidade
para conversar, esclarecer, e até aprender de quem tenha o desejado gesto
de me comunicar o que desconheço (e é muito). Isso fica em
aberto...

Pois decidi, começar com Jackson Pollock. Ainda pensei, num
pintor (a) português, mas chauvinismos à parte a Arte é Universal,
não encontrei razões para a preferência, justamente para não
"coitadinhar" a Arte portuguesa, justamente por a priveligiar,
quanto é tão digna como as outras, mas não justifica uma referência de
arranque.

Pensei noutros nomes, dentro do período e expressão com
que decidi começar. Pensei em Francis Bacon, Alberto Giacometti,
Willem de Kooning, Mark Rothko, David Hockney, Paula Rego,
Andy Warhol, Lucien Freud, Jean-Michel Basquiat... Ainda
pensei noutros que andam por aí nestes dias a mostrar ao mundo
o que fazem e cujos nomes não seriam reconhecidos. Todos esses
ficarão para próximas vezes. Se quiserem. Está prometido.


Agora será J.Pollock.

A minha ideia é dar aqui elementos para descobrir o
interesse e importância de um dado artista. Escrever sobre ele
seria apenas a minha visão limitadora como tal. A ideia é que
cada um de vós, dotado das ferramentas de investigação o
vá descobrindo, primeiro, sem esforço, depois com algum,
e, por fim, se o achar justificado, com algum empenhamento.


Por isso deixarei uma foto de um trabalho que considero,
pela minha sensibilidade, marcante, uma citação do
próprio artista que expresse a importância do seu sentir,
links e alguma informação que facilite o acesso ao
trabalho, para que acda um se aproprie dele da forma
que lhe for mais confortável e adequada.

Assim, em relação a J.Pollock, aqui fica a imagem da sua pintura
"CATEDRAL"


Refiro apenas o seguinte: Pollock é-me particularmente interessante,
enquanto, também, pintor, no sentido em que expressou, diversas
vezes, que não queria ilustrar sentimentos, mas sim expressá-los.
Um exemplo, de como a Arte, une o que é aparentemente
diferente
, é ver o sentido que isto faz em Vincent (Van Gogh).
A pintura de Pollock é de expressão dramática. No início é semiexpressionista,
mas na sua evolução encontramos de uma forma psicológica profunda
toda a beleza delirante do caos. No seu desespero de
expressar o eu, procurava sinais pictóricos, entre a dor, a ansiedade
e a exuberância. Espírito atormentado, refugiou-se no álcool, e tentou saída através da psicanálise. Como todas as experiências na vida de um artista, reflectiu-se nos seus trabalhos.

Recomendo, vivamente, o visionamento, de um DVD, com um filme, baseado na
biografia de Jackson Pollock, que devido ao seu fiasco de vendas se encontra
nas grandes superfícies ao preço da "chuva". Vi-o, há dias, nas cadeias Jumbo,
por menos de 4€. Assim se vê o interesse que a pintura merece ao consumidor
comum. Também um outro filme sobre a vida da pintora Frida Khalo, levou o
mesmo destino. Esperemos o que vai suceder com "A Rapariga do Brinco de
Pérola", versão muito romanceada de um trabalho de Vermeer.


FILME:
Título: "Pollock"
Actores principais: Ed Harris e Marcia Gay Harden
Ganhou o óscar pelo desempenho de Marcia G:H:

CITAÇÃO:

" O artista moderno, parece-me, está a expressar
um mundo interior; por outras palavras, está a
expressar energia, movimento e outras forças
interiores"

LINKS:
www.artchive.com/artchive/P/pollock.html
www.metmuseum.org/works_of_art/viewone.asp?dep=21&viewmode=0&item=57.92
www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=%22jackson%2BPollock%22&meta=

dos subúrbios da existência

Saúdo todos os que contribuem para este blog, e todos que o lêem.
Não estou inteiramente convencido se o tom do site se adequa completamente ao texto que se segue, mas espero que sirva; senão serve como " food for thoutght".


Estamos rodeados de sinais, um mundo de comunicação enovelada, sufocante, uma asfixia pelo excesso de mensagens circulares, frias, luz eléctrica, circuito em fluxo.
Com a força de quem foge de algo, de um silêncio espesso, seguimos os sinais de néon como os insectos da noite em volta de uma luz artificial. A babel de sentidos brilha na noite da morte e diz uma coisa : desejo.
É ela que afastamos: a morte, a velhice, a fealdade... Os modelos dizem precisamente isso se virmos exactamente o que eles não são. Mas a morte respira-nos sob o pescoço, acoça-nos como lobos.
Mesmo na geometria e arquitectura das novas cidades-subúrbio – com os shoppings no centro e a sua força centrípeta- nos fluxos furiosos dos meios de comunicação- estradas, Net, telefones, Tv... Estas fortalezas de néon fecham-se sobre si ligadas umas às outras... mas a noite que tentam fechar respira dentro de nós e apodrece-nos em silêncio.

Noite é sinónimo de festa no dicionário da pós-modernidade. De álcool, corpos e música. De transgressão. Noite é o inverso do dia de trabalho. Nela encena-se , procura-se o excesso e o escape. Mas esta é uma noite eléctrica, falsa-dionisíaca. Não há o silêncio nem o perigo, os demónios são cães de trela, as portas que se abrem são disneylandias. E assim, a manhã que lhe segue, é apenas a ilusão da ciclicidade do tempo e um regresso ao mundo ordenado da rotina e do trabalho. Dia esse simulacro da Luz, dia-a-dia, a alma do Real actual: o sócio-económico em trânsito.
O dia diz : vem produzir, assim como a noite diz: vem libertar a tensão.
E como a gravidade do Real nos puxa com uma força invisível imensa, vamos.


Seria necessário reinventar a arquitectura e as horas dos dias. Seria necessário rasgar as estradas e casas destas hinterlands como papel e no silêncio do deserto dar o primeiro passo que dissesse vem viver e morrer. Aprender o corpo, desmistificando, rompendo a força implacável dos modelos, aprendendo de novo os ciclos naturais, aprendendo os limites do ser e a certeza da morte.

terça-feira, novembro 08, 2005

Shakespeare em 97 minutos


Estará em representação no Teatro Garcia Resende, em Évora, dia 9 de Novembro pelas 21:30h, a peça TODAS AS OBRAS DE SHAKESPEARE EM 97 MINUTOS, pela Companhia Teatral do Chiado.

Bilhetes à venda na Federação de Associações Juvenis do Alentejo.

segunda-feira, novembro 07, 2005

A VISITAR em ÉVORA:

Galeria - Oficina da Terra
Artesanato contemporâneo de Tiago Cabeça e Magda Ventura.
Local: Rua do Raimundo, 51 A
Horário: 10h00 às 19h00
Org: Galeria - Oficina da Terra
Apoios:
Informações: Galeria - Oficina da Terra
Contacto: Tel. 266746049 e-mail: oficinadaterra@mail.evora.net
Web: http://www.oficinadaterra.com

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Exposição Permanente
Museu de Carruagens do Séc. XVIII e XIX
Local: Galeria de S. Miguel - Lg. Mário Chicó, 6
Horário: Segunda a Sábado das 10h às 12h30 e das 14h30 às 18h
Encerra aos Domingos e Feriados
Org: Instituto de Cultura Vasco Vill'Alva
Apoios:
Informações: Museu de Carruagens
Contacto: Tel. 266 741 080/266 743 712
E-mail: icvvalentejo@mail.telepac.pt
Web: http://icvv.no.sapo.pt


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FIKE 2005
Festival Internacional de Curtas Metragens de Évora
Local: Auditório do Colégio Espírito Santo (Universidade de Évora) e outros locais da cidade Horário: Ver programa
Org: Cineclube da Universidade de Évora / Páteo do Cinema - NÚcleo de Cinema da SOIR Joaquim Ant.º D'Aguiar
Apoios: ICAM CME
Informações: Fike 2005
Contacto: Tel. 266 708 488
Web: www.fikeonline.net

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Teatro
Local: Teatro Garcia de Resende (TGR)
Peça: De acordo com o programa
Horário: às 21h30
Org: Cendrev
Apoios: Câmara Municipal de Évora M/C IA
Informações: TGR
Contacto: Tel. 266 703 112
Web: www.evora.net/cendr

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Outras Actividades - Permanente
Mercado
Mercado de Velharias & Antiguidades
Local: Largo Chão das Covas
Horário: 2ºs Domingos de cada mês - 8h00 às 14h00
Org: Câmara Municipal de Évora
Apoios:
Informações: Câmara Municipal de Évora Divisão de Cultura e Desporto
Contacto: Tel. 266 777 100

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Também para alimentar a alma... apreciem a Cultura a nível local ;)

sábado, novembro 05, 2005

Uma pausa...

Como já devem ter reparado o Blog tem um outro nome. Este adequa-se mais ao objectivo pretendido ainda que a Literatura esteja mais uma vez em destaque... Perdoem-me a preferência mas é uma paixão.
Vou cessar a minha actividade bloguista por tempo indeterminado por três razões: em breve terei outros "contribuidores" neste espaço para que a partilha de conhecimento brilhe pela diversidade (veremos se as respostas são positivas), estou cheia de trabalho e com pouquíssimo tempo (o que é muito bom) e, também, porque estou a experienciar algumas dificuldades técnicas na publicação de imagens (creio que o problema é o meu computador!)
Desde já agradeço o número elevado de acessos (o que muito me espanta uma vez que estamos online apenas desde 17 de Outubro). Obrigado!
Até lá alimentem a alma... :)

sexta-feira, novembro 04, 2005

Fernando Pessoa... um génio da literatura portuguesa.

Fernando Pessoa foi um "ser-em-poesia" e criou e viveu quase todas as formas de viver e estar no mundo através das culturas que exprimiu. O seu temperamento levou-o a criar dramas em actos e acção, com personalidades diferentes, que se revelaram na heteronímia.
Em Fernando Pessoa coexistem duas vertentes: a tradicional e a modernista. Algumas das suas composições seguem na continuidade do lirismo português, com marcas do saudosismo; outras iniciam o processo de ruptura, que se concretiza nos heterónimos ou nas experiências modernistas que vão desde o Simbolismo ao Paulismo e Interseccionismo, no Pessoa ortónimo.
Fernando Pessoa foi um poeta e uma pessoa fora de série.

Vejamos um exemplo da particularidade deste génio num excerto de uma carta ao jovem amigo Casais Monteiro:

"…Desde criança tive a tendência para criar em meu torno um mundo fictício, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram. (Não sei, bem entendido, se realmente não existiram, ou se sou eu que não existo. Nestas coisas, como em todas, não devemos ser dogmáticos.) Desde que me conheço como sendo aquilo a que chamo eu, me lembro de precisar mentalmente, em figura, movimentos, carácter e história, várias figuras irreais que eram para mim tão visíveis e minhas como as coisas daquilo a que chamamos, porventura abusivamente, a vida-real. Esta tendência, que me vem desde que me lembro de ser um eu, tem me acompanhado sempre, mudando um pouco o tipo de música com que me encanta, mas não alterando nunca a sua maneira de encantar."
Os heterónimos de maior relevo:
Alberto Caeiro é o poeta da simplicidade completa e clareza total. É o homem da calma absoluta perante o não sentido da realidade. É Pessoa quem afirma ter este heterónimo nascido em 1889 e falecido onde nasceu em 1915, vítima de tuberculose. A sua vida terá decorrido numa quinta do Ribatejo, onde seriam escritos quase todos os seus poemas. Representando a reconstrução ideal do Paganismo, descreve o mundo sem pensar nele e cria um conceito de universo que não contém uma interpretação. Alberto Caeiro não passa além do realismo sensorial; o único sentido oculto das coisas fica reduzido à própria percepção: cor, forma e existência. Este Alberto Caeiro tem entretanto dois discípulos: Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Ricardo Reis: A sua filosofia de vida é a de um epicurismo triste, pois defende o prazer do momento, o "carpe diem", como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos. Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar considera que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade, ou seja, a ataraxia (a tranquilidade sem qualquer perturbação). Sente que tem que viver em conformidade com as leis do destino, indiferente à dor e ao desprazer numa verdadeira ilusão da felicidade, conseguida pelo esforço estóico disciplinado. Ricardo Reis é o poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita, com calma e lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas.
Álvaro de Campos surge quando "sente um impulso para escrever". É o próprio Pessoa quem considera que Campos se encontra "no extremo oposto, inteiramente oposto a Ricardo Reis", apesar de ser como este um discípulo de Caeiro. Para Campos a sensação é tudo. O Sensacionismo torna a sensação a realidade da vida e a base da arte. O EU do poeta tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve existência ou possibilidade de existir. Álvaro de Campos é quem melhor procura a totalização das sensações, mas sobretudo das percepções conforme as sente, ou, como ele próprio afirma, "sentir tudo de todas as maneiras". O seu sensacionismo distingue-se do de Alberto Caeiro na medida em que este considera a sensação captada pelos sentidos como a única realidade, mas rejeita o pensamento.
Fernando Pessoa é um dos génios da literatura portuguesa e vale a pena ser lido e relido. Há sempre algo de novo a descobrir... e a aprender.

terça-feira, novembro 01, 2005

Tim Burton

A imaginação e a criatividade deste génio permitem-me sonhar mundos e realidades fantásticas... (só tenho pena de não poder colocar a imagem que queria...)
Timothy William Burton, cineasta estadunidense, nasceu em Burbank, Califórnia, no dia 25 de agosto de 1958. Trabalha usualmente com temáticas sobre Halloween e/ou Natal, chamando para o elenco na maior parte das vezes Johnny Depp e Christopher Walken. Amante dos grandes nomes dos filmes de terror, já realizou filmes sobre Ed Wood e, além dos actores já citados, já chamou para protagonista dos seus filmes os notórios actores de filmes de terror: Vincent Price e Christopher Lee.
Não deixem de visitar: http://www.timburtoncollective.com/
Filmografia:
(Fonte: Wikipédia)