terça-feira, fevereiro 21, 2006

o efeito placebo


Efeito placebo é o efeito mensurável ou observável sobre uma pessoa ou grupo, ao qual tenha sido dado um tratamento placebo.
Um placebo é uma substância inerte, ou cirurgia ou terapia "de mentira", usada como controle em uma experiência, ou dada a um paciente pelo seu possível ou provável efeito benéfico.
Não penso que os Placebo produzam música “de mentira”. Reflectem sim a poesia mortiça de quem desde cedo percebeu que o mundo não é bonito e brilhante para todos.
Since I was born I started to decayNow nothing ever ever goes my way
Quem de nós nunca sentiu decadência e frustração? Daí a necessidade do placebo. A cura milagrosa que se vende no Chinês. A necessidade do arco-íris a cavalgar a nuvem mais medonha. O sorrir fugidio da mulher de burka. A efemeridade está em todo o lado. Até, e principalmente, na tv. Aí sim, começamos a morrer. Penso que para quem se considere feliz e o seja realmente, os Placebo nunca fariam sentido. Mas para todos os outros são uma inspiração. De Vida. De Morte. De Evasão.
Devido à sua propensão para uma maquilhagem hermafrodita e riffs crus, os Placebo foram descritos por alguns como uma versão glam de Nirvana. A banda multinacional foi formada através do cantor/guitarrista Brian Molko (parte escocês e americano, mas crescido em Inglaterra) e o baixista Stefan Olsdal (originalmente da Suécia). O lugar de baterista dos Placebo estava alternadamente ocupado por Robert Schultzberg e Steve Hewitt. Embora Molko e Olsdal preferirem Hewitt como o homem principal (era este lineup que registrou várias demonstrações), Hewitt optou voltar à outra banda dele. Com Schultzberg a bordo, os Placebo assinaram um contrato com a Caroline Records que emitiu o album debutante do trio em 1996. E partiram para a conquista do mundo, um som, uma nota de cada vez.