| Brevíssima apresentação desta magnífica poetisa brasileira, a pedido. E o meu poema favorito dela. Este post não tem imagem pois estou com sérios problemas na publicação. Poderão aceder a: http://www.secrel.com.br/jpoesia/ceciliameireles.html Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica e altamente personalista, frequentemente simples na forma mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu-lhe importante posição na literatura brasileira do século XX. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 07/11/1901 e veio a falecer na mesma cidade em 09/11/64. Casou-se duas vezes e deixou três filhas. Embora vivendo sob influência do Modernismo, apresenta ainda na sua obra heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela sua poesia ser considerada intemporal. Noturno 
 
 
 orvalhadas de trêmulo sal? 
 no profundo diagrama. 
 só tem a tristeza para distingui-lo. 
 animais adormecidos, com o mesmo mistério humano: grandes como pórticos, suaves como veludo, mas sem lembranças históricas, sem compromissos de viver. 
 puros e límpidos, apenas com o peso do trabalho em seus poderosos flancos e noções de água e de primavera nas tranqüilas narinas e na seda longa das crinas desfraldadas. 
 cheia de flores amarelas e vermelhas. E os cavalos erguiam, entre mil sonhos vacilantes, erguiam no ar a vigorosa cabeça, e começavam a puxar as imensas rodas do dia. 
 Este sair do sono, este continuar da vida! O caminho que vai das pastagens etéreas da noite ao claro dia da humana vassalagem! |