segunda-feira, dezembro 26, 2005

PASSAGEM DE ANO, em Évora

Um amigo de Évora mandou-me um email com a seguinte informação... pode interessar... :)
OUTRO ANO DE PASSAGEM
29 Dez 2005 a 1 de Jan 2006
ÉVORA
A PédeXumbo e a Sociedade Harmonia Eborense, em conjunto com outras associações eborenses e em parceria com a Câmara Municipal de Évora organizam uma passagem de ano com Concertos, Dj's, Curtas de Cinema e Teatro, Oficinas de Dança e muita música.
Um novo programa a descobrir, em Évora.
A programação vai decorrer por vários espaços em Évora:
nos Celeiros (antigos Celeiros da EPAC),
SOIR -Joaquim António d'Aguiar, Praça do Giraldo ,
Oficinas da Comunicação (LargoDr. Mário Chicó)
e duas tendas no Largo 1º de Maio, junto à Capela dos Ossos.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Estreia da Semana


A Estreia da Semana, Tim Burton regressa à animação depois de em 1993 ter escrito e produzido The Nightmare Before Christmas, com o já aclamado pela crítica Corpse Bride. Um ano em grande para Tim Burton e para os fãs do cineasta que viram estrear em 2005 nada mais nada menos do que dois filmes, este que estreia esta semana e Charlie and the Chocolate Factory. A Noiva Cadáver (título português) conta a história de Victor, um rapaz tímido (Johnny Depp) que se vê obrigado pela família a casar com a jovem Victoria (Helena Bonham Carter), no entanto contra todas as expectativas o casal acaba por se apaixonar. Nervoso, na véspera do casamento, embrenha-se então na floresta enquanto vai ensaiando os votos e, quando já sabe tudo de cor, enfia a aliança numa raiz de árvore. É então que uma bela noiva cadáver surge da terra e arrasta Victor para a Terra dos Mortos. Uma história que parece ter todos os ingredientes para permitir a Tim Burton dar largas à sua imaginação e criar um filme que se espera memorável (é o mínimo que podemos esperar sempre de Tim Burton). Realce também para a técnica de animação utilizada em Corpse Bride numa altura em que se assiste ao reinado da animação digital iniciado pelo estúdios Pixar, Tim Burton opta por uma técnica bem mais tradicional (bem como moroso e dispendioso), a stop-motion ou animação de volumes. Aliás não deixa de ser curioso que este ano os filmes de animação que maiores elogios da crítica receberam tenham sido Wallace and Gromit in the Curse of the Were-Rabbit e Corpse Bride. A não perder!

A Caixa de Música de Pandora

Encontrei um pouco por acaso este site na internet e tem-se revelado bastante útil. Este site, criado pelo auto-intitulado Music Genome Project, pretende que o utilizador introduza o nome de uma banda ou música de que goste para que nos possa ser apresentada uma lista de bandas com uma sonoridade semelhante e que podem também agradar. Ainda se torna mais interessante porque oferece-nos a possibilidade de ouvirmos uma amostra (ainda que limitada) online. Experimentei e descobri bandas como The Thrills, Flaming Lips, Death Cab For Cutie e Belle and Sebastian através dos Arcade Fire e do Badly Drawn Boy. Outro dos aspectos positivos é que este site é inteiramente gratuíto (o objectivo é ser financiado pela publicidade).
Por outro lado, não conhece músicos portugueses, nem mesmo os mais internacionalizados como os Madredeus ou a Mariza e por vezes faz associações um pouco estranhas (como Sigur Ros com Roxy Music...).
Estejam descansados que podem abrir esta caixa à vontade!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO MARAVILHOSO!

Ok, ok... é Natal e por mais incrédula e "sanguinária" que eu pareça :) tenho o dever, enquanto administradora do Blog de deixar, pelo menos, umas palavras sobre a época. Sendo assim, agradeço a todos os colaboradores que aceitaram participar, a todos os que ainda estão para vir ;) e a todos os ARTISTAS (sim... vocês!) que nos visitam e aproveito para desejar a TODOS um Feliz Natal com MUITA PAZ, SERENIDADE, SAÚDE e TUDO DE BOM na companhia de quem amam e de quem vos ama. Que o novo ano seja sempre melhor que aquele que acaba!
Beijinhos E ATÉ 2006! ;)
S.M.

terça-feira, dezembro 20, 2005


Link: http://www.mafaldarnauth.com/

MAFALDA ARNAUTH nasceu a 4 de Outubro de 1974, em Lisboa. Surge como um meteoro no circuito do Fado após ter participado, em 1995 num espectáculo no Teatro S. Luís, ao lado de alguns dos grandes nomes do Fado. A partir dessa altura Mafalda Arnauth nunca mais parou, passando por alguns programas de Televisão e Rádio, por vários palcos no estrangeiro (Luxemburgo, Alemanha, França, Inglaterra) e um pouco por todo o país. Em 1996 entra como artista privativa da Taverna do Embuçado (uma das principais Casas de Fado de Lisboa) e, participa na Cimeira dos Países de Língua Portuguesa que tem lugar em Moçambique.
Em 1997, em Paris, está presente num Encontro Internacional de Poesia onde interpreta vários temas de Camões, Fernando Pessoa e Pedro Homem de Mello. No mesmo ano desloca-se a Londres actuando ao lado de Argentina Santos e Carlos Zel. Ainda em 1997 está presente em Frankfurt, juntamente com Helder Moutinho, numa Semana dedicada a Portugal e organizada pela Associação Cultural Portugal-Frankfurt . Em 1998 desloca-se a Paris para um concerto em directo para a Rádio Alfa. Destaque para a presença na Expo-98 em diversas actuações - no Palco do Fado durante a primeira Semana de Fado, no Palco do Jazz em dois espectáculos integrados no projecto "Novas Vozes de Um Fado Antigo" e no mesmo palco mais duas actuações no projecto "De San Telmo à Mouraria - Fado e Tango". Ainda em 1998 participa no Tanz & FolkFest Rudolstadt, o maior Festival que se realiza na Alemanha dedicado às Músicas do Mundo, representando o fado juntamente com Helder Moutinho. Participa ainda neste ano de 98, em Innsbruck (Áustria), no Festival "Voices" integrando o projecto da Ocarina "Duas gerações a cantar o Fado" ao lado de Maria Amélia Proença. 1999 - Com aquele projecto da Ocarina esteve presente em 5 concertos, de par com Maria Amélia Proença, em Bremen (Alemanha) no passado mês de Março, no Festival Women in (E)motion. Mafalda está hoje a afirmar-se como uma das mais sólidas e promissoras vozes do fado recebendo muitos convites para espectáculos no país e no estrangeiro. Para este ano que decorre, tem já agendados concertos para a Alemanha, Espanha e Holanda.

Prémio Pessoa para Luís Miguel Cintra

O galardão, no valor de 44 mil euros, foi atribuído ao actor e encenador Luís Miguel Cintra. É a primeira vez que é distinguida uma personalidade ligada às artes do espectáculo.

Luís Miguel Cintra, 56 anos, «tem construído ao longo de mais de três décadas um percurso exemplar tanto como actor, como nos planos da dramaturgia e da encenação», considerou o júri, justificando assim a entrega do Prémio Pessoa, esta sexta-feira, ao actor e encenador.O galardão, instituído em 1987 pelo semanário Expresso e a empresa Unysis, já distinguiu até hoje 21 personalidades portuguesas com «intervenção relevante» na vida cientifica, artística e literária do país, entre as quais o historiador José Mattoso, o neurocirurgião João Lobo Antunes, o escritor José Cardoso Pires, a pianista Maria João Pires e a pintora Menez.Luís Miguel Cintra, Prémio Pessoa 2005, considerou o galardão «lisonjeiro para o Teatro», mas também «incómodo» por considerar o seu trabalho «uma arte colectiva». «O que eu faço é fruto do trabalho de muitas pessoas», comentou.O presidente da Republica, Jorge Sampaio, considerou o prémio «justo», afirmando que Luís Miguel Cintra «muito tem prestigiado o teatro e a cultura» portugueses. Manoel de Oliveira, o realizador que mais vezes dirigiu Luís Miguel Cintra no cinema, considerou Luís Miguel Cintra «um actor de excepção», enquanto o encenador João Mota também considerou a distinção «merecida» e o dramaturgo Luís Francisco Rebello qualificou Luís Miguel Cintra como «o maior actor português vivo».O realizador Paulo Rocha disse que o galardoado «é um monumento» que e «é difícil alguma vez voltar a haver alguém como ele».

domingo, dezembro 18, 2005

Lançamento do Livro POEMA SEIS

A sessão de lançamento do livro Poema Seis terá lugar no dia 19 de Dezembro de 2005, pelas 22h, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, Avenida D. Carlos I, 61 - 1º Andar, em Lisboa.
A apresentação da obra será feita pela mestre arquitecta Ana Elisa Vilares e pelo professor António Oliveira.
Podem visitar o Blog do autor em: http://lup51.blog.simplesnet.pt/
(Ele disse-me que todos os textos da sua autoria com valor literário foram retirados do blog por fazerem parte deste livro e de próximos... o que se entende perfeitamente.
Muito sucesso, Luís.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Quiz

Como se chama e de quem é este poema popularizado na voz de Manuela Moura Guedes?

Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor
Há madressilvas aos pés

E águas lavam o rosto
A morte é uma maré
Olho o teu amado corpo
Será sempre a subir

Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim
Não foram poemas nem rosas

Que colheste no meu colo
Foram cardos foram prosas
Arrancados ao meu solo
Oi que ainda me queres

No amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Sejamos amantes supremos
Será sempre a subir

Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim. . .

(adoro esta música, até há pessoas que insistem em afirmar que já a cantei numa dessas noites de karaoké, mas creio que são só rumores!)

Dúvidas literárias

Depois de terminar a leitura de "O Processo" de Kafka estou na dúvida sobre a leitura que se segue: "Inventem-se novos pais" de Daniel Sampaio, a "Odisseia" de Homero, a releitura de "D. Quixote e Sancho Pança" (na versão original) de Cervantes ou a "Introdução à Filosofia Política" de J. Wollf. Aceitam-se sugestões bem como novas hipóteses de leitura.
Certezas de momento só a leitura em avulso e salteada das Crónicas de Lobo Antunes. O homem é genial!

Recital de Natal | Canções de Natal e Espirituais Negros - CCB













Para quem gosta do Natal mas gosta, sobretudo, de ouvir a Beleza.

Soprano Ana Paula Russo
Guitarra Carlos Gutkin

Iniciativa:Antena 2 / RDP

16 Dezembro 2005 às 19h
Pequeno Auditório
Duração:75 minutos c/intervalo



'Um recital de Natal baseado em composições conhecidas e de grande beleza: "Silent Night", "Adeste Fidelis", etc. O menu musical inclui Espirituais Negros, bem swingados, sempre para voz e guitarra, com harmonizações concebidas de modo a criar um ambiente agradável e atraente, sem prescindir dum toque erudito. O programa foi apresentado num dos recitais inaugurais do Festival de Música do Algarve, obtendo grande sucesso junto do público. Ana Paula Russo é uma das mais conceituadas sopranos portuguesas. Actuando regularmente no Teatro São Carlos, foi designada, nomeadamente, para estrear o papel principal da ópera “O Corvo Branco”, de Philip Glass. Actualmente é uma das co-apresentadoras do programa matinal "Amanhecer" na Antena 2.
O guitarrista espanhol de origem argentina, Carlos Gutkin, estudou em Cuba e no Real Conservatório de Madrid, sendo anualmente convidado para inúmeros festivais incluindo a “Cimeira Mundial do Tango”. Um recital transmitido pela Antena 2 com o apoio do Centro Colombo.'
Aproveito para cair no comum e desejar um Bom Natal a todos aqueles que ainda acreditam que um dia o mundo vai mudar, a todos aqueles que crêem que deixaremos de ter consumismo exacerbado, a todos aqueles que defendem que as pessoas irão realmente preocupar-se com o 'outro'...
Para aqueles que, como eu, não acreditam... desejo apenas uma época de paz e serenidade interior... pode ser que começando no interior de cada um algum dia alguma coisa mude.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Corpse Bride

"Can a heart still break after it stopped beating?"
Corpse Bride, Tim Burton
(Como gostaste muito deve ser admitido este post... ;0)))

sábado, dezembro 10, 2005

Biografia sem Dentes

Por José Luís Peixoto
Este é o texto em que descrevo alguns momentos importantes da minha vida tal como teriam sido se me tivessem caído todos os dentes.
1. Primeira palavra
A minha mãe andava já há muito tempo a repetir-me sílabas. Na maior parte das vezes, eu continuava indiferente, a gatinhar pelo chão da cozinha, mas, em certos momentos, parava-me a olhá-la. Dizem-me que os meus olhos eram grandes. Eu acredito, porque os olhos das crianças são sempre grandes e porque existem algumas fotografias – tiradas com a velha kodak, comprada em segunda mão num mercado de Paris. A minha mãe sentava-me na cadeira alta – eu ficava preso por correias e pela mesa de plástico à minha frente –, acertava-me o babete no pescoço, começava a dar-me colheres de papa e repetia-me sílabas. Pa-pa, ma-mã. Eu interessava-me mais pela comida do que pela conversa e continuava a abrir a boca sem um único som. A papa, claro, escorria-me pelo queixo. Já a minha mãe quase se tinha cansado e esquecido quando, num sábado – toda a gente sabe que foi num sábado, as minhas irmãs lembram-se que tinham passado parte da manhã a depenar uma galinha, a minha mãe lembra-se do tempero que utilizou antes de ter posto a galinha no forno –, agarrei-me aos pés de uma cadeira, levantei-me, fiquei muito sério a olhar para a minha mãe e, num momento de silêncio, disse: ma-mã. A minha mãe e as minhas irmãs confundiram-se numa agitação: ai, o menino; o menino falou – nessa altura, só me tratavam por «o menino». Então, quando voltassem a olhar para mim, eu abriria levemente os meus lábios pequenos e, sem mudar de expressão, deixaria cair os meus quatro dentes, um por um, no chão da cozinha. Ao acertarem nos mosaicos, fariam um som de berlindes. Ao longo de todas as suas vidas, as minhas irmãs e a minha mãe contariam essa história muitas vezes, quase sempre na minha presença. Hoje, eu lembrar-me-ia desse momento exactamente como se me conseguisse lembrar dele. A memória que não teria do momento em que disse a minha primeira palavra ter-se-ia somado à quantidade de vezes que teria ouvido essa história. Zero mais um é igual a um.
2. Primeiro beijo
São Pedro do Estoril. Catorze anos é idade mais do que suficiente para ter vontade de segurar uma rapariga nos braços e encontrar o instante certo para beijá-la. Nunca voltei a encontrar outra pessoa que se chamasse Stela. Aquela Stela deve continuar aí pelo mundo. Se hoje me cruzasse com ela na rua, obviamente que não a reconheceria. Talvez hoje me tenha cruzado com ela na rua. Ela também não me reconheceria e se alguém lhe dissesse: lembras-te?; o mais normal é que não se lembrasse. Eu lembro-me do essencial. Ela tinha a pele lisa. Era bom passar-lhe os dedos devagar pelo rosto. Era bonita ou, na altura, eu achava que era bonita. Aqueles que vinham ao Estádio Nacional participar nas finais de atletismo – na categoria de iniciados – ficavam na Colónia Balnear «O Século». A minha mãe despedia-se de mim com todas as recomendações. Eram as primeiras vezes que eu saía sozinho para dormir fora de casa. Levava uma mala com tudo: pijamas, fatos de treino, toalhas, sabonetes novos. Foi na véspera da minha prova. Sábado à noite. Foi no fim de um dos túneis que passam por baixo da marginal e que chegam à praia. Antes, tínhamos conversado, tínhamo-nos rido e, já há algum tempo que andávamos de mãos dadas. Depois, estava lá tudo: o mar, as luzes da noite a agitarem-se sobre a distância do mar. Foi de repente. Eu agarrei-a quando ela me agarrou e beijámo-nos. Tudo aquilo que apenas imaginava, aconteceu num momento. Esse momento a ser, eléctrica e mundialmente, agora. Agora nesse momento. Os carros desapareceram todos na marginal. Então, no fim desse milagre, separávamos os rostos. Por trás dos meus lábios revolvidos, a minha boca cheia de dentes soltos, dispostos sobre a língua, húmidos e mornos de saliva. Não nos olhávamos porque somos todos tímidos depois de um beijo assim. Sem que ela visse, eu cuspia os meus dentes sobre a areia. Despedia-me com poucas palavras, com a voz irregular, tapando a boca com as mãos e voltava para as camaratas onde, em beliches, dormíamos mais de vinte. Vestia o pijama que a minha mãe tinha dobrado na mala e ficava deitado sem conseguir dormir.
3 . Primeiro poema
Estava no meu quarto. Pelas escadas, chegava o som da minha mãe a fazer o jantar. A tarde tinha terminado, mas eram ainda as horas em que a noite era muito nova. O meu quarto era iluminado por uma luz amarela e cómoda. Quando eu me deitava na cama a pensar, pousava as mãos por trás da cabeça, os braços abertos, e as figuras dos posters – imóveis, colados com fita-cola à parede – pensavam comigo. Nesse dia, no quarto, estava a máquina de escrever que não sei de onde veio, mas que foi sempre um objecto importante, que se devia tratar com cuidado. As minhas irmãs tiravam-lhe a tampa grossa de plástico castanho para passarem trabalhos da escola. O meu pai, com uma técnica que todos admirávamos, trocava-lhe a fita de tinta. Nesse dia, era Outubro ou Novembro e a máquina estava no meu quarto. Nos meus pensamentos, havia palavras que se misturavam. Palavras que não tinham sentido, mas onde eu encontrava um sentido. Levantei-me e olhei para a máquina de escrever. Nesse tempo, eu escrevia com os dois indicadores apontados sobre o teclado. Procurei um papel, uma caneta e, como se existisse um deus, comecei a escrever palavras que se sucediam num sentido único, que nascia naquele momento e que brilhava diante dos meus olhos. Tenho a certeza que o meu rosto – se existisse alguém para vê-lo – estava iluminado como se estivesse diante de um lume. O ponto final chegou da maneira imprevisível como chegou cada palavra. Segurei a folha à frente dos olhos e custou-me a acreditar. Talvez chovesse na rua. Li devagar cada uma daquelas frases em voz alta. Calei-me e continuei a olhar para o papel. Então, sem dor, os dentes começavam a soltar-se lentamente das gengivas, como frutos maduros que se desprendem naturais dos ramos, como larvas que escorregam para fora dos casulos. Seria nesse momento que a voz da minha mãe, ecoando pelas escadas, me chamaria para jantar.
4. Primeiro filho
Eu estava a dar aulas. Era a última aula do dia – das dezassete e trinta às dezoito e trinta. Começava a anoitecer. Eram talvez quase dezoito horas quando uma funcionária bateu à porta e disse que me chamavam ao telefone. Eu não costumava receber telefonemas na escola. Quando atravessava o pátio, acreditava que já sabia o que ia ouvir, mas não queria ter a certeza porque, nesse tempo, sentia que havia muitas coisas acerca das quais não podia guardar nenhuma certeza. No telefone – na pequena divisão, separada do corredor por um vidro, onde guardavam o telefone –, ouvi aquilo que esperava ouvir. Voltei à sala para, antes de dizer o que quer que fosse, começar a guardar os meus cadernos e os meus livros na pasta. Já a caminho da porta, disse aos alunos que podiam sair mais cedo. Foi numa quinta-feira. Podia agora tentar reconstruir aquilo em que pensei enquanto conduzi durante trinta quilómetros. Prefiro não o fazer. Cheguei à maternidade. Foi fácil e rápido o caminho até à bata que me ajudaram a vestir porque se atava nas costas. Havia muitas pessoas – médicos e enfermeiras – na sala onde nasceu o nosso filho. Esquecemos todos os gestos e todos os conselhos das aulas de preparação para o parto e eu, inútil, fiquei junto do rosto dela apenas para nunca mais esquecer a sua expressão enquanto fazia força. Os médicos a dizerem: força. E o nosso filho. Quando lho pousaram nos braços – riscos de sangue na pele –, quando olhámos para ele, houve uma força irresistível que subiu dentro de nós, montanhas a explodirem dentro de nós, o céu inteiro de repente dentro de nós, e as lágrimas de felicidade foram também uma explosão. Levaram o nosso filho para lavá-lo com um pano húmido. Ficámos a vê-lo afastar-se na distância de alguns passos. Então, por estarem todos a olhar para ele, ninguém poderia ter visto a forma como me cairiam todos os dentes dentro da boca.
5. Primeiro romance
A minha editora a sorrir. Pessoas a darem-me os parabéns sem que fosse o meu aniversário. Várias pessoas a notarem a minha presença e a cumprimentarem-me: muito prazer. A roupa nova. Os sapatos novos. O meu nome impresso na capa de um livro. O peso desse livro na palma das minhas mãos. Eu a lembrar-me do meu pai e a procurar uma janela, a procurar mesmo uma janela, para olhar para o céu. E chegou a hora de nos sentarmos. Uma mesa e microfones. Uma voz a falar daquele mundo que era só meu, que era só meu. Uma voz a falar como nunca ninguém tinha falado. E a minha editora a sorrir. Eu talvez feliz, mas sem saber sorrir. E a minha editora a dizer palavras breves. Eu a ouvir tudo, perdido em tudo. Tão de repente, a minha vez. A minha editora a olhar para mim, as pessoas todas a olharem para mim. Então, os meus lábios comprimidos. E os meus cabelos a caírem em madeixas inteiras sobre a mesa. Tufos de cabelos a caírem ao lado e sobre as minhas mãos pousadas sobre a mesa. O som da multidão de pessoas admiradas. Vozes misturadas. E, por trás dos meus lábios contraídos, como cubos de gelo num copo, a minha boca cheia de dentes soltos.

Prémio Nobel da Literatura - Harold Pinter


Harold Pinter distinguido com o Prémio Nobel da Literatura 2005
O Prémio Nobel da Literatura 2005 foi hoje entregue ao dramaturgo britânico Harold Pinter (que, infelizmente, não pôde estar presente em Estocolmo, por razões de saúde). A Academia sueca de Literatura distinguiu Pinter por "nas suas peças revelar o abismo existente nas conversas banais e forçar a sua entrada nos espaços fechados da opressão". O prémio de 1,300 milhões de euros foi entregue hoje, no aniversário da morte do seu fundador, Alfred Nobel.
Dados Biográficos
Pinter nasceu a 10 de Outubro de 1930 em Hackney, Londres. Durante a II Guerra Mundial saiu de Londres, com nove anos, regressando três anos depois. Em 1948, Pinter, filho de pai com descendência luso-judaica, ingressou na Real Academia de Arte Dramática. Dois anos depois, publicou os primeiros poemas.Iniciou-se na escrita de peças de teatro em 1957 com "The Room", seguindo-se, no mesmo ano, "The Birthday Party", considerada no início um fiasco, mas tornando-se depois duma das peças mais representadas.Entre as suas peças mais conhecidas estão "The Caretaker" (1959), "The Homecoming" (1964), "No Man's Land" (1974) e "Ashes to Ashes" (1996).Nas obras de Pinter podemos encontrar pessoas que se defendem a si próprias contra a intrusão ou contra os seus próprios impulsos, mergulhando numa existência reduzida e controlada. Outro tema predominante é a volatilidade e o carácter esquivo do passado. De um período inicial de realismo psicológico, Pinter passa depois para uma fase mais lírica com peças como "Landscape" (1967) e "Silence" (1968), e depois para outra ainda, mais política, com "One of the Road" (1984), "Mountain Language" (1988) ou "The New World Order" (1991). A partir de 1973, Pinter ficou também conhecido como defensor dos direitos humanos. O dramaturgo escreveu ainda peças para rádio, cinema e televisão.
Fonte: Lusa

Os....... Gato Fedorento!!!!!

Não sei se me é permitido fazer um post sobre estes tipos marados que o universo inteiro conhece mas aqui vai... para rir, sempre para rir... e para reflexões sérias sobre a filosofia de vida e o seu sentido... claro ;)
E visitem:

http://xl.sapo.pt/radical.html


Pois então...
Gato Fedorento é o título de um programa humorístico português emitido pela estação de televisão Sic Radical que atingiu em pouco tempo uma grande popularidade. Este programa é composto por sketches criados e interpretados pelos quatro autores do programa: Tiago Dores, Miguel Góis, Ricardo de Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela.
O sucesso do humor do Gato Fedorento reside no facto de ser um humor inteligente, sem medo de remeter para referências eruditas, que recusa o uso de vulgaridades, e que não menciona directamente acontecimentos ou personagens reais. As suas principais influências são Monty Python, Woody Allen, Herman José, Jerry Seinfeld, Larry David, etc.
O Gato Fedorento teve já duas séries: a Série Fonseca e a Série Meireles. O nome deriva do facto de todas as personagens se chamarem Fonseca (Tiago Fonseca, Ermelinda Fonseca, Aurélio Fonseca, etc.) ou Meireles (Raúl Meireles, Nicolai Meireles, Adolfo Meireles, etc.). A exibição da terceira série (Série Barbosa) foi cancelada no final do Verão de 2005 devido a divergências com a direcção da SIC. Recentemente, foi tornado público o acordo do grupo com a RTP, válido para os próximos dois anos.


História
A história do Gato Fedorento começou em Abril de 2003, quando os quatro autores, todos argumentistas nas Produções Fictícias, se juntaram para criar um blog da Internet (ainda activo, se bem que com actualização muito esporádica). Na hora de escolher o nome para o blog, decidiram dar o nome de uma música da série americana Friends, intitulada "Smelly Cat", gato fedorento em português.
Após algum tempo, Ricardo de Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela foram convidados para fazerem sketches humorísticos no programa da SIC Radical "O Perfeito Anormal". Sketches como "Filme Indiano" e "Chupistas" ficaram rapidamente conhecidos.
Isto levou Francisco Penim, director da SIC Radical, a propor-lhes um programa independente. A estes dois juntaram-se Tiago Dores e Miguel Góis, que já participavam no blog, tendo começado assim o programa.
Por altura do Natal de 2004 foi lançado um DVD com todos os sketches da Série Fonseca, que se tornou o nº1 no top nacional de DVD's.
Actualmente os quatro autores fazem espectáculos ao vivo nos quais representam alguns dos sketches mais famosos da série; foram realizados espectáculos no Teatro Tivoli (Lisboa), no Coliseu do Porto, e um pouco por todo o país, todos com casa cheia.
No dia 2 de Maio de 2005, teve início a nova série do gato fedorento, denominada Série Barbosa.
Também em Maio, saiu pela editora Cotovia o livro "Gato Fedorento: o blog", onde se recolhe grande parte dos 'posts' do blog original.
No final do verão de 2005 o quarteto fedorento abandona a SIC por desavenças com a direcção da SIC generalista, após a exibição de alguns programas da serie Meireles sem a sua autorização.
Em Novembro de 2005 foi lançado um segundo DVD, contendo todos os sketches da série Meireles.
Em Dezembro de 2005 a equipa do Gato Fedorento assinou um contrato de dois anos com a RTP.

Sketches famosos
"O homem a quem parece que aconteceu não sei o quê"
"O papel. Qual papel?"
"Filme Indiano"
"Chupistas"
"Claque de seminaristas"
"General, comentador político e gajo de Alfama"
"Um quilinho de kunami"
"Senhor Tobias"
"Lusco-fusco"
"O que tu queres sei eu"
"O homem que não consegue manter uma distância socialmente aceitável"

Socorri-me da Wikipédia!

quinta-feira, dezembro 08, 2005

TAKASHI MURAKAMI






" O problema da minha geração é criar produtos originais, sem dependência conceptual, por conhecermos as diferenças entre a dinâmica da arte conteporânea no Ocidente e a forma como as coisas funcionam no Japão."

Takashi Murakami, nasceu em Tokyo, em 1962, e reparte a sua vida e trabalho entre Tokyo e New York
T.Murakami expressa-se numa fusão entre a Pop Art americana, com referências a Andy Warhol e Jeff Koons e a pintura japonesa, da expressão clássica até ao universo Manga, usando uma expressão contemporânea.
Manifestando sempre a intenção de realçar a originalidade da arte japonesa, Murakami, usa a aparente superficialidade Pop, de produtos e símbolos da sociedade de consumo, com um conceito Avant Garde, revelando deliberadamente os fantasmas e expectativas, por vezes, visionárias, da cultura japonesa ocidentalizada. Entre um universo aparentemente infantil e um pós-modernismo, americano, adulto e agressivo, uma certa loucura apresenta-se com uma plasticidade única.

Link
http://www.takashimurakami.com/


Silêncio a Solo

David Fonseca começou uma carreira a solo, depois do êxito retumbante com os Silence 4. Nesta nova incursão musical, tem a seu lado o génio e o talento de Mário Barreiros. O disco “Sing Me Something New” marca o início de um caminho que promete novos êxitos para o cantor e compositor de Leiria.
Nesta sua aventura musical a solo, David Fonseca assumiu a solidão e fez tudo sozinho, músicas, arranjos e as letras: "Fiz mesmo tudo, só tive a meu lado Mário Barreiros (baixo e bateria), ele tem uma enorme abertura, muitas opções, um ouvido excepcional e imenso talento." O disco saiu em 2003, teve um bom nível de vendas e o êxito alcançado deu força a David Fonseca para prosseguir a carreira a solo.
Desde o final de 2004 que trabalha no seu novo disco. Como gosta de fazer tudo perfeito, suspendeu a presença em concertos: "Dedico-me em exclusivo à composição, caso contrário nada sai perfeito". David Fonseca já tem saudades dos Silence 4 mas não está arrependido do silêncio que o grupo impôs a si próprio: "O fim da banda tinha que acontecer, em 2001 parámos para respirar, já ninguém tinha vontade de fazer o que andávamos a fazer. E depois da paragem, não houve vontade de continuar, os membros do grupo deixaram de se contactar e cada qual seguiu o seu caminho".
O grande êxito da sua carreira musical é e vai continuar a ser o disco "Silence Becomes It", que vendeu 240 000 cópias e revelou David Fonseca ao grande público como compositor e escritor de canções. Em inglês, como manda o estilo das bandas do género. Quando começou, a sua formação musical limitava-se a dois anos de aulas de piano, órgão e solfejo, com um professor particular, entre os 8 e os 10 anos. Depois desistiu e esqueceu tudo o que aprendeu. Só regressou ao mundo da música quando fez 18 anos: "Comprei um livro e aprendi por ele a tocar guitarra. Desde então, tornei-me um auto-didacta. Toco todos os instrumentos mas não toco bem nenhum". David Fonseca tem uma preferência especial pela bateria, mas nem esse instrumento domina na perfeição. Mas tem um sentido musical muito apurado: "Quando gosto de um som, vou tocá-lo, custe o que custar, apurando sempre o que vai saindo. Eu era complexado por não ter formação musical, mas Mário Barreiros tirou-me esse complexo. Ele ensinou-me que o importante na música é sabermos o que queremos fazer. E isso, eu sei."
Caminhos. David Fonseca não tem a certeza que o novo disco saia ainda este ano. Apesar dessa incerteza, recusa fazer concertos. Mário Barreiros trabalha na produção da nova obra, mas ainda nada se sabe sobre o caminho a seguir: "Isto ainda está muito abstracto, ainda não sabemos que caminhos vamos seguir. Para já, estamos a trabalhar muito, esgotamos as ideias para ver se vale a pena prossegui-las".
A música, para David Fonseca, é mais prazer que profissão: "Vim para a música por vontade própria e não como profissional, por isso, não faz sentido fazer discos iguais. Exijo de mim próprio transformar a minha interpretação e a minha composição, eu quero evoluir sempre. Por isso ainda estamos à procura de novos caminhos".
David Fonseca já tem uma nova banda para os concertos e apta a trilhar os novos caminhos que tenta desbravar com Mário Barreiros. Fez audições, ouviu muitos candidatos e escolheu quem lhe pareceu melhor. Mas alguns, foram convidados: "Com as audições, conheci muitos e bons músicos, metade da banda foi formada nestas audições, a outra metade veio por convite, O Paulo Pereira, a Rita Pereira e o Peixe. Como estamos muito no início, está tudo em aberto. Os ensaios começaram agora e há uma novidade, alguns temas são em Língua Portuguesa. Só posso dar uma garantia, vamos produzir um som de qualidade".
A banda é constituída por Sérgio Nascimento (bateria), que já tocou com Sérgio Godinho e os Despe & Siga, Peixe (guitarra eléctrica) que esteve nos Ornatos de Violeta, Rita Pereira (piano), Paulo Pereira (teclados), Nuno Simões (baixo) e Ricardo Fiel (guitarra).
Imagem. A fotografia e o cinema entraram na vida de David Fonseca há muitos anos. Depois de uma passagem de dois anos pela Escola de Belas Artes de Lisboa, matriculou-se na Escola Superior de Cinema e concluiu o bacharelato, especializando-se na área de direcção de imagem. A fotografia é uma das suas paixões e enquanto estudante fotografou para catálogos de moda. "No ano em que acabei o curso, assinei contrato com a Universal e nem o estágio fiz, nunca mais tive tempo para outras coisas, a música ocupava-me a cem por cento. Tenho pena de não fazer cinema, mas um dia volto, mas então vou ter de parar com a música", disse David Fonseca. No cinema prefere a "direcção ou assistência de imagem". Foi nesta área que se especializou.
A sua experiência na área da fotografia e cinema tem-lhe sido útil: "Sou eu que faço sempre as fotos e a promoção dos meus discos. É bom, porque poupo muito dinheiro e faço o gosto ao dedo". David Fonseca, apesar da sua especialização na área do cinema, nunca fez os videoclips dos Silence 4, porque quando chega a altura de fazer esse trabalho faltam poucas semanas para entrar em estúdio: "Quando vamos para a gravação, temos de dar tudo e fazer vídeo exige uma boa preparação e sobretudo exige tempo. Assim, tenho-me limitado a discutir as ideias com Pedro Cláudio, que tem sido sempre o realizador dos nossos vídeos".
Depois dos êxitos com a banda Silence 4, David Fonseca está a tentar repetir esse êxito a solo. A preparação do segundo disco está a ser cuidada ao pormenor e o resultado final vai ter a marca de Mário Barreiros. Tudo aponta para que o público se renda à nova fase do cantautor de Leiria.
Entre a Imagem e a Música
David Fonseca nasceu em Leiria, em 1973. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa de 1992 a 1994. Entre 1994 e 1997 frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema, onde conclui um bacharelato em cinema, na área de direcção de imagem. Durante este período, foi fotógrafo, uma das suas paixões. Fotografou para diversos catálogos de moda, participou em várias exposições colectivas e realizou exposições individuais.
O mundo da música abriu-se para David Fonseca, em 1995, quando criou o grupo Silence 4, onde se revelou como compositor e cantor, dividindo o seu tempo entre os estudos e a banda. Em 1998 os Silence 4 editaram o seu primeiro disco, "Silence Becomes It", que vendeu 240.000 cópias, conquistando seis discos de platina.
Entre 1998 e 2000, percorreu o país e o estrangeiro em digressão com a banda, voltando às edições discográficas com "Only Pain Is Real. Depois de um breve hiato, David Fonseca volta aos discos em 2003, com o seu primeiro disco a solo "Sing Me Something New" e a uma nova digressão.
A sua participação em discos de outros artistas é também frequente. Trabalhou com Sérgio Godinho, Trovante e Phase. Em finais de 2004 os Silence 4 lançaram o seu último disco "Ao Vivo No Coliseu" e David Fonseca integrou a banda Humanos, ao lado de Camané e Manuela Azevedo (Clã), onde cantou novos temas de António Variações. A sua vertente de fotógrafo está patente em todos os discos onde esteve envolvido, com destaque para o seu disco a solo, onde o booklet, de 100 páginas, é ilustrativo de algum do seu trabalho fotográfico.

Exposição de Pintura - Orlando Pompeu


Exposição de pintura de Orlando Pompeu na D´Arte 46 - Galeria de Arte - Porto
“Essências de uma causa”
10 DEZEMBRO 2005 A 31 DE JANEIRO 2006
Na inauguração da exposição terá lugar um recital de piano com Raul Pinto às 18h
"As telas de Orlando Pompeu fazem-nos submergir nos azuis dominantes, nos rosas claros e nos tons areia, lugar onde o tempo, a luz do sol, o horizonte do mar e a Mulher habitam. Lugar de gaivotas esvoaçantes, pequenos barcos, rochedos surrealistas e balões coloridos. O mar que banha o litoral Norte expande-se nos seus quadros e sente-se uma água que não tem fim... prenúncio de trabalhos futuros? Mas Orlando Pompeu é, sobretudo, pintor de gente. Nas suas obras encontram-se sempre homens e mulheres reais, retratos das suas múltiplas vivências, embora a maior parte das vezes eles nos aparecem num plano transfigurado. (...) Mais uma vez Orlando Pompeu surpreende com esta nova Exposição. Surpreende pela qualidade artística que revela nas suas obras. Na sequência do núcleo temático “pompeuano”, estas apresentam o objecto, o corpo, como referências evidentes. Pompeu não renuncia ao objecto que é sempre o pretexto na sua pintura, e, sobretudo dimensionado no âmbito de uma organização formal deliberada e extremamente rigorosa. A relação cor-forma é outra evidência preponderante. Representar constitui um sentido unívoco no seu trabalho. Quando utiliza a expressão do gesto na representação, Pompeu percorre um caminho, desenvolve todo um processo que conflui para a abstracção. (...)Com esta nova série nitidamente procura testar e demonstrar as infindáveis potencialidades da representação pictórica do objecto. Mas fá-lo de modo que cada obra seja um trabalho raro. Cada uma destas novas obras conceptuais quer as que prolongam toda uma linguagem figurativa própria, inaugurada pelo artista no final dos anos 80, quer as que parecem evidenciar neste presente momento novas preocupações ao nível da concepção e representação do objecto traduzem a evolução do caminho artístico e a solidez da obra de Orlando Pompeu. (...)Pompeu é também um artista preocupado com o entendimento da sua obra. Pintor reconhecido internacionalmente prossegue na sua carreira de quase trinta anos uma ideia de trabalho e pormenor, de atenção e de aprendizagem do olhar. "
Liliana Figueiredo Pereira
Porto, Novembro de 2005
Galeria D´Arte 46 - Av. da Boavista Ed. Bristol, 1681, Lj 46 4100-132 Porto, Tel: 226 095 543

Prémio Literário A. Lopes de Oliveira


Prémio Literário A. Lopes de Oliveira
Câmara Municipal de Fafe
Estudos Histórico-Sociais de Âmbito Local ou Regional
REGULAMENTO 2005/2006

ARTIGO 1º - Com o patrocínio da Câmara Municipal de Fafe, é instituído, de novo, a nível nacional, o Prémio Literário A. Lopes de Oliveira / Câmara Municipal de Fafe, para o género "Estudos Historico-Sociais de Âmbito Local ou Regional".
ARTIGO 2º - O Prémio visa estimular a publicação de estudos histórico-sociais das realidades de determinada localidade ou região portuguesa, na perspectiva de valorizar um sector de investigação de crescente importância, no quadro do aprofundamento da matriz regional e local do nosso país.
Parágrafo único - No caso de serem as editoras a concorrer, é obrigatória a junção de um documento em que se comprove a autorização do autor.
ARTIGO 3º - O Prémio será atribuído à melhor obra concorrente dentro daquele género e publicada em livro, entre 1 de Janeiro de 2005 e 31 de Dezembro de 2006, cujos autores poderão ser de nacionalidade portuguesa ou estrangeira.
Parágrafo 1º - As obras podem ser de autoria individual ou colectiva;
Parágrafo 2º - Não são admitidas Actas de Congressos, Seminários ou similares.
ARTIGO 4º - A obra vencedora tem direito a um prémio pecuniário único no valor de 2.000 € (dois mil euros). O valor referido será suportado por conta do testamento deixado pelo instituidor.
Parágrafo único - Poderão ser atribuídas menções honrosas.
ARTIGO 5º - Só serão admitidas a concurso obras apresentadas em língua portuguesa, sem limite de páginas.
ARTIGO 6º - 1 - Para efeitos de atribuição do Prémio, o Júri será constituído por três personalidades de reconhecido mérito e competência, a indicar oportunamente pela Câmara Municipal de Fafe.
2 - Presidirá ao Júri um representante da Câmara Municipal de Fafe, sem direito a voto.
ARTIGO 7º - O Júri poderá não atribuir o Prémio por falta de qualidade das obras concorrentes.
ARTIGO 8º - Cada concorrente deverá enviar cinco exemplares da obra submetida ao concurso, que não lhe serão restituídos. Desses exemplares, três destinam-se aos membros do Júri, um ao seu presidente e o ultimo à Biblioteca Municipal de Fafe.
ARTIGO 9º - As obras concorrentes deverão ser remetidas para:
Vereador da CulturaCâmara Municipal de Fafe4824-501 Fafe
ARTIGO 10º - O prazo de recepção das obras concorrentes terminará em 31 de Dezembro de 2006, devendo o Júri tomar a sua decisão até ao dia 31 de Março de 2007, tornando-a pública nos dez dias imediatos.
ARTIGO 11º - O Prémio será entregue ao autor da obra vencedora pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Fafe, em cerimónia oficial a realizar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia 25 de Abril de 2007.
ARTIGO 12º- O não cumprimento dos artigos 2º e 8º implica a eliminação do concorrente.
ARTIGO 13º- Das decisões do Júri não haverá recurso.
O VEREADOR DA CULTURA
Dr. Antero Barbosa Fernandes

terça-feira, dezembro 06, 2005

Mercadinho do Inverno


Produção: CCB
22 de Janeiro 2006 das 11h às 17h
Centro de Pedagogia e Animação
Duração:6 horas

"Neste Inverno frio, vamos aquecer os dedos a folhear livros numa livraria-mercadinho feita por ti e por nós, com delícias saborosas cozinhadas lá em casa e com músicas que gostes e saibas tocar bem. Vem vender os teus livros numa grande biblioteca que vais ajudar a gerir e organizar. Se sabes tocar um instrumento, vem mostrar que som tem. Podes também trazer petiscos salgados ou doces, bebidas quentes ou frias e histórias inventadas para contar à hora do chá e do chocolate. Tudo até 1 euro.Haverá várias funções nesta livraria-mercadinho: organizar os livros, ser livreiro e aconselhar leituras a meninos que não saibam o que escolher, ser responsável pela banca e tratar das contas, servir chá e chocolate quente enquanto contas histórias, ou passear livremente para descobrir saborosas leituras. "
Público Alvo: crianças e suas famílias
Inscrições com entrada livre
As famílias devem inscrever-se no CPA, informando-os sobre o que vão levar ou o que vão apresentar. O CPA oferece o espaço e todo o apoio necessário.

Espaço Cultura [no CCB]


Música:

BoxMúsica Jorge Peixinho - Integral da Obra completa para piano - 1ª ParteProdução: CCB Francisco Monteiro - piano
18 Dezembro 2005 às 17h30 Sala Calempluy Duração:64 minutos

Jorge Peixinho – Integral da Obra completa para piano – 1ª Parte
Estes dois recitais apresentam a obra completa de J. Peixinho dividida em 2 grupos, ambos dispostos quase cronologicamente. No primeiro recital são apresentadas, na primeira parte, as obras mais conhecidas, editadas já em partitura. Na segunda parte dá-se a conhecer o Estudo IV (obra baseada em canções populares portuguesas, usando o piano de múltiplas formas, e que se julgava perdida) juntamente com outras mais actuais que reflectem o lirismo do compositor.
Ambos os recitais podem ter comentários (no recital I no início de cada parte, no recital II depois da 2ª peça e no intervalo), apresentando e integrando as obras a executar. A segunda parte deste recital será apresentada em Janeiro de 2006. (ver programa)
Dança:
Box Nova Rio Mondego Produção: C.C.B.
4 de Fevereiro de 2006 às 19h Sala de Ensaio
A fragilidade do corpo, do seu gesto, do seu dizer. Dos desejos, da vida e da saudade.
Mais informações em: http://www.ccb.pt/ccb/

segunda-feira, dezembro 05, 2005

A Literatura

"O sentido da literatura, no meio dos muitos que tenha ou não tenha, é que ela mantém, purificadas das ameaças da confusão, as linhas de força que configuram a equação da consciência e do acto, com suas tensões e fracturas, suas ambivalências e ambiguidades, suas rudes trajectórias de choque e fuga. O autor é o criador de um símbolo heróico: a sua própria vida.
Mas, quando cria esse símbolo, está a elaborar um sistema sensível e sensibilizador, convicto e convincente, de sinais e apelos destinados a colocar o símbolo à altura de uma presença ainda mais viva que aquela matéria desordenada onde teve origem.
O valor da escrita reside no facto de, em si mesma, tecer-se ela como símbolo, urdir ela própria a sua dignidade de símbolo. A escrita representa-se a si, e a sua razão está em que dá razão às inspirações reais que evoca.
E produz uma tensão muito mais fundamental do que a realidade. É nessa tensão real criada em escrita que a realidade se faz. O ofuscante poder da escrita é que ela possui uma capacidade de persuasão e violentação de que a coisa real se encontra subtraída.O talento de saber tornar verdadeira a verdade."

Herberto Helder, in 'Photomaton & Vox'

Mercado do Livro, em Évora

Foi inaugurado no dia 28 de Novembro, a 2ª. Edição do MERCADO DO LIVRO promovido pela Associação de Jovens Professores da Região Alentejo ( AJPRA ).

O Mercado do Livro funcionará entre 28 de Novembro e 18 de Dezembro nas instalações do Centro Comercial S. Domingos (ao lado do Teatro Garcia de Resende ) em Évora.

PROGRAMA CULTURAL:

28 de Novembro : 18:30 H - INAUGURAÇÃO com Sessão de Contos por Jorge Serafim ( no espaço do Mercado )

29 de Novembro : SEMINÁRIO "Os Jovens e o Emprego na Região Alentejo"(anfiteatro, sala 131, do Colégio do Espírito Santo, Universidade deÉvora; v. programa próprio)

3 de Dezembro : MANHÃS PERLIMPIMPIM – espaço lúdico para crianças ( no espaço do Mercado )

4 de Dezembro : DIA DO CONTO: 16:30 H - Sessões de contos para Pais eFilhos com Maria do Ó ( no espaço do Mercado )

5 de Dezembro : 21:30 H - "A VOZ, A POESIA, E A MÚSICA DAS PALAVRAS", Produções VIL'ARTE ( espaço do Mercado )

7 de Dezembro: DIA DA LITERATURA INFANTIL: 10 H – Sessão com Ana Maria Magalhães

8 de Dezembro : DIA DA POESIA: 21:30 H – "A SUL DE TI" de Jorge Serafim, espectáculo musical e poesia ( no Teatro Garcia de Resende )

9 de Dezembro : DIA DO TEATRO: 21:30 H – "AS OBRAS COMPLETAS DE WILLIAM SHAKESPEARE EM 97 MINUTOS" ( no Teatro Garcia de Resende, bilhetes à venda na AJPRA – Travessa de Landim, nº. 1A, ao lado daIgreja da Graça )

10 de Dezembro : MANHÃS PERLIMPIMPIM – espaço lúdico para crianças ( no espaço do Mercado )
DIA DA JUVENTUDE – durante a tarde – presença de José Luís Peixoto autor de "Antídoto" ; e com a presença de Inês Tavares Rodrigues autora de "Mágoas Furtadas"

11 de Dezembro : 16:30 H – MAX E MILA, peça de Teatro Infantil ( nosCeleiros da EPAC, ao lado do Centro Comercial Eborim )

14 de Dezembro : - DIA DA BD – 10:30 H – À conversa com Francisco Bilou 15:00 H – WORKSHOP DE ILUSTRAÇÃO com Daniela Bacalhau e WORKSHOP DE BD com Ana Jeremias ( Workshops sujeitos a pré-inscrição no espaço doMercado até ao dia da véspera ) 18:30 H – CONVERSAS SOBRE ILUSTRAÇÃO com José Miguel Ribeiro e apresentação de duas curtas metragens: "A SUSPEITA" e uma surpresa

16 de Dezembro : Apresentação do livro "ESTUDO-DIAGNÓSTICO SOBRE A SITUAÇÃO SÓCIO-PROFISSIONAL E ÁREAS DE INTERESSE DOS JOVENS ADULTOS NO CONCELHO DE ÉVORA"

17 de Dezembro : MANHÃS PERLIMPIMPIM – espaço lúdico para crianças (no espaço do Mercado )

Programa enviado gentilmente por Liliana Batista (da Organização).

quarta-feira, novembro 30, 2005

A Essência do Progresso



«Lá porque vivemos em erectos edifícios não quer dizer que não vivamos afinal em cavernas. De resto cada homem vive mergulhado na penumbra da caverna que ele próprio é. E somos todos primitivos porque como o futuro está constantemente a cumprir-se, para os que vierem depois de nós seremos sempre velhos, depois antigos e depois primitivos. A essência do progresso consiste no eterno insistir sobre um mesmo esquema.- Mas que progresso é esse que se baseia na eterna repetição de si próprio?- A descoberta gradual da permanência do esquema.»

Ana Hatherly, in 'O Mestre'

Make Poverty History

Como 'prometi' ao "Lestat" deixo aqui um post num apelo à acção contra a pobreza...
A Make Poverty History defende várias causas numa tentativa de tornar o nosso mundo um lugar melhor. O seu principal objectivo é dar conhecimento ao maior número de pessoas que é possível acabar com a fome e outros problemas graves se os países ricos assim o quiserem.

Os principais pontos defendidos são:

-O combate à fome
-Levar água potável a todos os habitantes do planeta
-Perdão da dívida dos países de 3º mundo
-Combate à corrupção nesses mesmos países.
-Combate à pobreza extrema e à sida
-Mais e melhor ajuda aos países de 3º mundo
-O fim das contrapartidas pedidas aos países ajudados ("nós damos comida mas gostamos do vosso petróleo...")
-E Muito mais.

A diferença desta campanha para todas as outras até hoje é que eles não pedem dinheiro. Pedem apenas o apoio das pessoas. Na versão mundial do site, existem formulários que vos permitem enviar emails (que infelizmente nunca serão lidos) aos principais líderes mundiais. A versão americana tem um formulário em que só têm de escrever o vosso nome para "assinarem" a declaração escrita por eles. Coisas que todos podemos fazer.

Site mundial - http://www.makepovertyhistory.org/
Site Americano - http://www.one.org/
Site Português - http://www.pobrezazero.org/

(Atenção não são varias versões do mesmo site. São sites independentes.)

terça-feira, novembro 29, 2005

Sobre o Tema CRIADOR - 'Desaprender'


Há uma altura em que, depois de se saber tudo, tem de se desaprender. Sucede assim com o escrever. Com o escrever do escritor, entenda-se. Eu, provavelmente poeta, estou a aprender a... desaprender. E para quê e como se desaprende? Para deixar de ronronar, para que o leitor, quando o nosso produto lhe chega às mãos, não exclame, satisfeito ou enfastiado: «- Cá está ele!».Na verdura dos seus anos, a preocupação do escritor parece ser a da originalidade. Ser-se original é mostrar-se que se é diferente. E as pessoas gostam das primeiras piruetas que um sujeito dá. E o sujeito gosta de que as pessoas vejam nele um talento.Atenção, vêm aí as receitas, as ideias feitas, os passes de mão, os clichés, os lugares selectos ou, mais comezinhamente, os lugares comuns. O escritor está instalado. Revê-se na sua obra. Começa a abalançar-se a voos mais altos, a mergulhos mais fundos. É a intelectualidade que o chama ao seu seio, o público que o põe, vertical, nas suas prateleiras. Arrumado.
Quase sem dar por isso, o escritor acomodou-se e tornou-se cómodo, quando propendia, nos seus verdes anos, a incomodar-se e a tornar-se incómodo. Organiza «dossiers» com os recortes das críticas que lhe fizeram ao longo da sua carreira (nome, já de si, chamuscante), vai a colóquios, celebrações, congressos. Ganha prémios.É traduzido e publicado no estrangeiro. Por desfastio (e por que não?, algum dinheiro) aceita colaborar em conspícuas revistas ou em jornais efémeros como o dia a dia em que vão sendo publicados. Está de tal modo visível que já ninguém dá por ele. É o escritor.Se as coisas continuarem indefinidamente assim, o escritor pode ser alcandorado a gloríola nacional, com todos os direitos inerentes a uma situação dessas: academia, nome de rua, estatueta ou estátua, tudo isso em devido tempo, quer dizer, já velho ou já morto o escritor.Pedra campal sobre o assunto.
(...)
O criador deve ter a consciência de que, por melhor, que crie, não consegue mais do que aproximações a uma perfeição que lhe é inatingível. Ele é um derrotado à partida. Sabê-lo e, apesar de tudo, prosseguir, é o seu único e legítimo motivo de orgulho.
Alexandre O'Neill, in "Uma Coisa em Forma de Assim"

domingo, novembro 27, 2005

M A R I K O M O R I


Mirror of the water 1996






"Em mim faço arte, de mim faço arte. "



"Sou arte."





" O meu trabalho é uma revelação do pensamento.
Sinto prazer em projectar a atitude esotérica através do mundo interior."





Mariko nasceu em Tokio, em 1967. Nos anos 80 trabalhou como modelo e simultaneamente formou-se em design de moda.

No fim dos anos 80, esteve em Londres, onde aprofundou a sua formação em Arte. Em 1992, mudou-se para New York, onde desenvolveu o seu trabalho.

Nos anos 90 do século passado, Mariko surgiu no mundo da arte como um "alien" sedutor, de um mundo ainda por nascer.


Faz-se fotografar, como um personagem misto de "Manga" e ficção científica com laivos, obviamente orientais. Plástico e Cor. Assume-se como o produto artístico, numa consciência perturbadora do caracter efémero do seu trabalho, que pretende contrariar, fechando os fatos e elementos das suas produções em cápsulas de Plexiglass, com indicação de só serem abertas e reexpostas 25 anos depois. Cruzando o mundo da Moda e da Música com esoterismo filosófico, em que Budas voadores, em versão "manga" povoam as suas imagens sofisticadas com animação de várias camadas. Tem realizado filmes em 3 dimensões, videos com música repetitiva e insistente.

Incorporando-se nas suas instalações, como estrela estilizada, cria visões utópicas e simultaneamente lúdicas de grande impacte sensorial.

As produções dos seus trabalhos são de tal forma dispendiosas, que alguns consideram-nas as mais dispendiosas da história da arte (Nota: esquecem-se, no seu contexto, das grandes produções renascentistas) que para ser possíveis são financiadas por "sponsers" como a Sisheido e a Sony.


Links:

http://www.thedreamexperience.homestead.com/files/start.htm

http://www.mcachicago.org/MCA/exhibit/past/Mori/

"SLAVA’S SNOWSHOW”


Produção: UAU
Dos 8 aos 80, um espectáculo para toda a família
De 6 a 18 de Dezembro (excepto 2ª feira 12, folga) às 21h
Sábados e Domingos também às 16h
Duração: Aprox.75 m c/ intervalo
Slava´s SnowShow, o espectáculo do maior palhaço do mundo está de regresso ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Belém. Moderna, a sua arte reflecte o saber acumulado por muitas gerações de palhaços e, em cada representação, somos remetidos para momentos plenos de magia e poesia. Um misto de teatro, música, efeitos especiais e surpreendente desenho de luz, SNOWSHOW desperta no público emoções esquecidas, a criança que todos guardamos e calamos no stress do dia-a-dia. Em cada espectáculo, o sabor de gerações de palhaços expresso com surpreendente actualidade.
Dos 8 aos 80, SLAVA'S SNOWSHOW é um momento único de libertação para ser vivido e repetido até que a imaginação se esgote.
Slava´s SnowShow - 6 a 18 de Dezembro - Grande Auditório CCB

Nippon Koma - Festival de Cinema Japonês

Cinema de 28 de Novembro a 3 de Dezembro
18h30 e 21h30
Pequeno Auditório
Filmes Legendados em inglês
2 Euros Preço único.
Reservas: 21 790 51 55
Aparentemente cristalizado num momento de transição, o cinema japonês, a exemplo de outras formas de criação visual no Japão, como a animação e os “novos media,” subsiste num balanço entre a nostalgia por uma modernidade carregada simultaneamente de contradição e conflito, e a promessa utópica de uma sociedade científico-tecnológica, infinitamente capaz de invenção material e de criação de identidades libertadoras. No entanto, a relação operativa entre as culturas visuais do Japão e do Ocidente não é de resistência monolítica, de oposição e ruptura. Pelo contrário, envolve processos da multiplicação, variação, e fractura com inúmeras fontes e modelos. Esta nova edição do Nippon Koma irá explorar estes balanços e nexos, ao projectar uma imagística estilística e visualmente mais ou menos abstracta e desconcertante, que confirma a conspícua dissolução do espaço e das leis naturais na animação japonesa, acompanhada por trabalhos mais realísticos, que documentam as anomalias, fracturas, e tensões sócio-espaciais e económicas.

Prémio Tradução Científica e Técnica

A XIII edição do 'Prémio de Tradução Científica e Técnica em Língua Portuguesa' - atribuído pela União Latina e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia - distinguiu, no dia 14 de Novembro e em ex-aequo, Ana Maria da Silva Valente, pela tradução da Poética, de Aristóteles, e João Barrento, pela tradução de Origem do Drama Trágico Alemão, de Walter Benjamin, em sessão que teve lugar no Instituto Franco-Português,em Lisboa com o apoio IC.
Fonte: JL (de 23 de Novembro a 6 de Dezembro)

Casa da Línguas Ibéricas

A docência, investigação e divulgação dos idiomas da Península Ibérica (com 600 milhões de falantes em todo o mundo) serão as três linhas de actuação da Casa das Línguas Ibéricas (CLI), cuja abertura está prevista para Fevereiro. Com sede na Universidade de Alcalá de Henares, a iniciativa do Instituto Cervantes em parceria com os homólogos peninsulares tem um «profundo valor simbólico de defesa da riqueza linguística» sublinhou Jorge Urrutia, Director Académico do Cervantes, à saída da última reunião entre os parceiros, no dia 11 de Novembro, na sede do IC. Em preparação estão já um livro e uma exposição sobre as Línguas Ibéricas e Cursos de Português e Catalão para sectores profissionais específicos. «Queremos fazer uma experiência piloto que possamos extrapolar a outras universidades», acrescentou Virgílio Zapatero, Reitor da UAH, onde nasceu o Cervantes, que ali mantêm um centro de formação de professores. «Num futuro próximo pretendemos abrir um centro de investigação e ajudar a constituir uma licenciatura de Línguas Ibéricas.»
Fonte: Jornal de Letras (23 de Novembro a 6 de Dezembro)

quinta-feira, novembro 24, 2005

Gulbenkian esgota participação em projecto educativo

O projecto "Descobrir a Música na Gulbenkian" aposta na formação de novos públicos para a música erudita e dirige-se a crianças, jovens e adultos interessados em alargar a sua cultura musical. Os ateliers para crianças já se encontram esgotados.

Começou em Outubro e está a ser um verdadeiro sucesso. O projecto educativo lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian conta com a participação activa das escolas, professores e pais, a quem o projecto também é destinado. Desvendar caminhos para a música erudita, possibilitar a sua vivência, estimular a sua compreensão e potenciar a sua presença no quotidiano dos participantes são os principais objectivos do projecto.O projecto da Gulbenkian não consiste numa aprendizagem musical formal nem propõe módulos de formação com conteúdos programáticos organizados, mas aposta no potencial de sedução da própria música, apresentando-a em contextos sugestivos que apelam à criatividade, à ligação com outras artes e estimulam o poder de comunicação poética com o ouvinte dos vários níveis etários.Visitas guiadas aos bastidores da Orquestra Gulbenkian e ateliers para grupos de crianças e jovens associarem a vivência da música à experiência da dança e das artes plásticas são algumas das actividades disponíveis no âmbito do projecto. Nas oficinas, crianças e jovens podem assistir à montagem de um pequeno espectáculo musical, através de meios rudimentares.A associação da música às demais artes do espectáculo resulta, assim, em concertos encenados, óperas, conferências, cursos livres, concertos comentados e diversos outros espectáculos, como "O Piano e os seus Amigos" (onde se explora o universo da música de câmara e da interacção entre vozes e instrumentos, expondo-o de forma teatralizada); "A Menina do Mar", a partir do texto de Sophia de Mello Breyner e da partitura de Fernando Lopes-Graça e que envolve um conjunto instrumental de maiores dimensões, para propor uma introdução à linguagem orquestral; "Uma Pequena Flauta Mágica", que revisita a obra-prima de Mozart nos 250 anos do nascimento do compositor, abrindo caminhos para a compreensão do universo do teatro musical.As actividades decorrem até Julho do próximo ano, mas os ateliers para crianças estão já esgotados, sendo que ainda se encontram algumas vagas nas sessões para os jovens. Catarina Molder, responsável pelo projecto, diz que se está a equacionar a hipótese de abrir algumas sessões extra: "Este ano tivemos uma afluência gigantesca, os ateliers para crianças estão completamente cheios e já temos listas de espera. Isto acontece porque não existe muita oferta nesta área". A responsável garante, no entanto, que as actividades continuarão nos próximos anos lectivos.A agenda de espectáculos do projecto "Descobrir a Música na Gulbenkian" encontra-se disponível em http://www.musica.gulbenkian.pt/projecto_educativo_2005_2006 .

segunda-feira, novembro 21, 2005

Música no CCB

3 PIANOS
Bernardo Sassetti, Mário Laginha, Pedro Burmester
Produção: Incubadora d'Artes / LDI
25 de Novembro 2005
às 21h Grande Auditório do CCB

Um espectáculo ao vivo, inédito e único, reúne três dos mais importantes pianistas do panorama musical português. As suas especificidades, distintas mas complementares, adivinham momentos inesquecíveis. Um concerto que conjugará performances a solo, em duo e em trio. Este foi o desafio colocado aos músicos pela Incubadora d'Artes, numa parceria com a LDI.Este é o desafio que colocamos a si.Feche os olhos e assista a um evento único.No centro do triângulo.Quando três dos melhores pianistas portugueses da actualidade se juntam para um concerto presume-se que o resultado será, no mínimo, interessante. E quando esses três pianistas, para além dos melhores, são também amigos de longa data, as expectativas aumentam e auguram-se boas surpresas.
Mário Laginha, Pedro Burmester e Bernardo Sassetti, trinta dedos, seis mãos para três pianos é a proposta que a Incubadora d'Artes e Ldi apresentam já no próximo dia 25 de Novembro no grande auditório do CCB, às 21h30. Da música clássica, que formou os três, aos sons mais livres do jazz sempre presentes nas carreiras de Laginha e de Sassetti, será sobretudo a cumplicidade e o prazer de tocar em conjunto a tomar conta do palco.Mário Laginha constitui, porventura o elemento unificador neste espectáculo, se tivermos em conta o seu trabalho em duo quer com Burmester, quer com Sassetti, já bem conhecido do público. O encontro entre Laginha e Burmester deu-se no início da década de 90, com a formação de um duo que interpretava obras de compositores de finais do século XIX e século XX, tais como Maurice Ravel.
(Todos eles são de uma grandeza musical excelente mas Sassetti foi uma das maiores descobertas da minha vida em Évora - uma bela noite para recordar).

domingo, novembro 20, 2005

LAURA OWENS


Laura Owens no estúdio


"Não tenho interesse em provocar desconforto,
mas também não me interessam pinturas estáticas.
As melhores pinturas são as que exigem
uma observação activa e discernente."

Laura Owens




Laura Owens nasceu em 1970, em Euclid, Ohio. Actualmente está em Los Angeles.


As pinturas de Laura Owens, são normalmente de grandes dimensões, entre os 3 e os 4 metros, na sua medida maior.


Há algum tempo, no seu blog, a "Amante de Letras" levantou a questão das vantagens e inconvenientes de colocar títulos nas obras. Laura Owen, só muito raramente põe um título.

Assume influências de numerosas fontes visuais, preferindo meios que criem ilusão através de formas rigorosamente definidas sobre superfícies planas, como acontece em filme, televisão, computador, etc.

Curiosamente, conjuga esse conceito, com uma aplicação original e variada da tinta sobre a tela, sugerindo ideias e sentimentos de leitura figurativa com traços simples, e conjugando isso com pássaros, cavalos, arranjos florais, evocando, até, estílisticamente, a pintura tradicional japonesa.

Quem examinar a obra global, encontrará pinturas, que ao primeiro olhar parecem puro expressionismo abstracto, para depois se intrepertarem num figurativo óbvio, através da análise cromática e das formas. Utiliza de forma sagaz a ordenação dos elementos, na composição, para criar tensão visual, sem atingir desconforto, como ela refere.

É muito cuidadosa com a relação entre as pinturas e o ambiente em que estão inseridas, priveligiando a atenção sobre a interacção daqueles com o observador. Em 1999, criou dois paineis, que ao serem expostos, foram colocados, em frente um do outro, em paredes opostas da galeria, utilizando o espaço tridimensional da mesma, de tal forma que o observador, ao parar entre elas, ocupava o espaço virtual da obra de arte.



Links
www.crownpoint.com/artists/owens/
www.artnet.com/ag/fineartthumbnails.asp?aid=12963
www.artcyclopedia.com/artists/owens_laura.html

sexta-feira, novembro 18, 2005

Pedro Serrenho Arte Contemporânea

Unidade Multiplicidade

Exposição de Pintura e Escultura
de Joana Dias e Paula Castro Freire

até 30 de Novembro
Rua dos Navegantes, 43A
Telf. 213 138 714
3ªa Sáb. das 11h às 19h

Museu do Chiado

Primeiros Modernismos em Portugal
na colecção do Museu do Chiado - MNAC
até 31 de Dezembro
William Kentridge: Viagem à Lua/ Sete Fragmentos para Georges Méliès/ O Dia pela Noite
até 31 de Dezembro
Rua Serpa Pinto, nº 4
Telf. 213 432 148
3ª das 14h às 18 h
4ª a Dom. das 10h às 18h

quinta-feira, novembro 17, 2005

Sociedade da Língua Portuguesa
Instituto da Cultura
Grande Prémio Internacional de Linguística da SLP
Luís Filipe Lindley Cintra 2005
Com o Patrocínio do
Ministério da Cultura
Instituto Português do Livro e da Leitura
5 000 Euros
Entrega dos Trabalhos até dia 16 de Janeiro de 2006
Regulamento à disposição na sede da
Sociedade da Língua Portuguesa,
Rua Mouzinho da Silveira, 23
1250-166 Lisboa,
das 13 às 19h30
Telefone: 213 533 458

Exposição Colectiva

Fui "roubar" este post ao Blog do Antonior... mas sem conseguir colocar o cartaz (peço desculpa António)

Exposição Colectiva de Pintura

11 autores

Ana Graça
António Rodrigues
Fernanda Martins
Isabel Bastos
Leandro Bastos
Luciano Martins
Olga Martins
Paula Alves
Paulo Raposo
Teresa Castro
Virgínia Barral

Promovida por: FineArtsPortugal

Inauguração:Dia 29 de Novembro de 2005, terça-feira pelas 18:30h

Estará patente:No Fórum Picoas (PT),
até dia 7 de Dezembro de 2005
Av Fontes Pereira de Melo, 38C – Lisboa
Horário:Segunda a Sábado das 8:00 às 21:00h
Encerrado no domingo 4-12-2005

Congresso de Literatura Brasileira

«O Porto e a Literatura Brasileira» é o tema em debate no IV Congresso Português de Literatura Brasileira, organizado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e que decorre nos próximos dias 17 e 18. Nele participarão, além dos organizadores Arnaldo Saraiva e Francisco Topa, professores e ensaístas dos dois países, como Regina Zilberman, Maria da Glória Bordini, Antônio Carlos Secchin, Maria de Fátima Marinho, Zulmira Santos, Pedro Eiras, Abel Barros Baptista, Vânia Chaves, Maria Aparecida Ribeiro e Petar Petrov, entre outros. É a primeira vez que o congresso analisa um tema único, no caso autores portuenses ligados ao Brasil, como Pero Vaz de Caminha, Tomás António Gonzaga, Adolfo Casais Monteiro, e autores brasileiros que escreveram sobre o Porto, como Murillo Mendes, Antônio Torres e Erico Veríssimo. O autor de Olhai os Lírios do Campo, de que agora assinala a passagem do centenário do nascimento, será homenageado no congresso.

Fonte: Jornal de Letras

Colecção Taschen - Movimentos Artísticos

Já (espero eu!) deverão saber mas, de qualquer forma, para os mais distraídos...
"No ano em que a editora alemã, criada por Benedikt Taschen, celebra o 25º aniversário, o PÚBLICO volta a associar-se à maior editora de livros de arte do mundo para lançar uma nova colecção dedicada aos vários movimentos artísticos surgidos a partir do século XIX.
Ao todo, são dez volumes, nos quais se pode encontrar uma contextualização de cada tendência artística e também uma ficha sobre os seus principais representantes. "

O primeiro volume foi dedicado ao Expressionismo. Já foram lançados, também, o Cubismo, o Surrealismo, o Dadaísmo e o Realismo. Seguir-se-ão o Futurismo, o Expressionismo Abstracto, a Arte Fantástica, Pop Art e o Minimalismo.

Todos os domingos, a colecção TASCHEN Movimentos Artísticos por apenas 4,50 euros!
Também para o cultivo da mente e a um preço bastante acessível... :)
Visitem o seguinte Link para mais informações (para variar não consigo colocar imagens...):

quarta-feira, novembro 16, 2005

Carta de António Lobo Antunes a Maria José Lobo Antunes

Uma das mais belas cartas de amor de sempre... em breve em livro...

7.4.1971
Meu amor querido
Adoro-te minha gata de Janeiro meu amor minha gazela meu miosótis minha estrela aldebaran minha amante minha Via Láctea minha filha minha mãe minha esposa minha margarida meu gerânio minha princesa aristocrática minha preta minha branca minha chinezinha minha Pauline Bonaparte minha história de fadas minha Ariana minha heroína de Racine minha ternura meu gosto de luar meu Paris minha fita de cor meu vício secreto minha torre de andorinhas três horas da manhã minha melancolia minha polpa de fruto meu diamante meu sol meu copo de água minhas escadinhas da Saudade minha morfina ópio cocaína minha ferida aberta minha extensão polar minha floresta meu fogo minha única alegria minha América e meu Brasil minha vela acesa minha candeia minha casa meu lugar habitável minha mesa posta minha toalha de linho minha cobra minha figura de andor meu anjo de Boticelli meu mar meu feriado meu domingo de Ramos meu Setembro de vindimas meu moinho no monte meu vento norte meu sábado à noite meu diário minha história de quadradinhos meu recife de Manuel Bandeira minha Pasargada meu templo grego minha colina meu verso de Höderlin meu gerânio meus olhos grandes de noite minha linda boca macia dupla como uma concha fechada meus seios suaves e carnudos meu enxuto ventre liso minhas pernas nervosas minhas unhas polidas meu longo pescoço vivo e ágil minhas palavras segredadas meu vaso etrusco minha sala de castelo espelhada meu jardim minha excitação de risos minha doce forquilha de coxas minha eterna adolescente minha pedra brunida meu pássaro no mais alto ramo da tarde meu voo de asas minha ânfora meu pão de ló minha estrada minha praia de Agosto minha luz caiada meu muro meu soluço de fonte meu lago minha Penélope meu jovem rio selvagem meu crepúsculo minha aurora entre ruínas minha Grécia minha maré cheia minha muralha contra as ondas meu véu de noiva minha cintura meu pequenino queixo zangado minha transparência de tules minha taça de oiro minha Ofélia meu lírio meu perfume de terra meu corpo gémeo meu navio de partir minha cidade meus dentes ferozmente brancos minhas mãos sombrias minha torre de Belém meu Nilo meu Ganges meu templo hindu minha areia entre os dedos minha aurora minha harpa meu arbusto de sons meu país minha ilha minha porta para o mar meu manjerico meu cravo de papel minha Madragoa minha morte de amor minha Ana Karénine minha lâmpada de Aladino minha mulher
Fonte: Jornal de Letras (9 a 22 de Novembro de 2005)
em Évora:

Fundação Eugénio de Almeida
Pátio de S. Miguel.
Telef. 266 748 329

A Expressividade do Papel

Exposição de Antoni Tápies até 1 de Janeiro de 2006

segunda-feira, novembro 14, 2005

ELIZABETH PEYTON



Título: Kurt


" O que me interessa é a capacidade dos meus personagens serem eles mesmos e que, simultâneamente, ocupem um papel extremo na imaginação pública. Podemos ver a sua vontade, o que é incrivelmente belo."

E. Peyton, é americana, nasceu em Danbury, em 1965 e está radicada em N.Y.

A sua opção, em pintura, é o retrato. Pinta, maioritáriamente, figuras públicas, dos seus relacionamentos, ou não. Prefere pintar homens, a que dá quase sempre um aspecto andrógino.
O interessante em E. Peyton, é a sua interpretação do mundo interior das personagens retratadas, de uma forma sentida e honesta, olhando sob a luz e os conceitos de beleza e estética da cultura contemporânea. É de realçar, que é manifesta a sua preferência por pintar retratos da fase antes dos personagens atingirem o reconhecimento público.

Disse aqui, quando coloquei o primeiro post, que gostaria de referir, pintores menos conhecidos, e a trabalhar nos dias de hoje. Aqui estou a cumprir essa promessa.

Links:

http://www.artcyclopedia.com/artists/peyton_elizabeth.html

http://www.hauserwirthcollection.org/ENG/KUENSTLER/PEYTON/
artist_works_frame.html

http://www.moma.org/collection/browse_results.phpcriteria=O:
AD:E:8042&page_number=1&template_id=6&sort_order=1

http://www.artnet.com/ag/fineartthumbnails.asp?aid=13437

(quando os endereços aparecem partidos, é necessário copiá-los inteiros, para a linha de endereços do browser)