segunda-feira, julho 17, 2006

Se Numa Noite de Inverno Um Viajante (Partilha Literária)




“Há dias em que tudo o que vejo me parece pleno de significados: mensagens que me seria difícil comunicar a outros, definir, traduzir por palavras, mas que precisamente por isso me apresentam como decisivas. São anúncios ou presságios que me dizem respeito a mim mesmo e ao mundo ao mesmo tempo: e de mim, não os acontecimentos exteriores da existência mas o que acontece cá dentro, no fundo; e do mundo não um facto singular qualquer mas o modo de ser geral de tudo. Compreendem pois a minha dificuldade em falar disto, a não ser por alusões.”

in “Se Numa Noite de Inverno Um Viajante” de Italo Calvino [Editorial Teorema]

Nesta partilha literária, resolvi falar-vos de um dos meus escritores preferidos: Italo Calvino. Confesso que tenho uma grande dificuldade em eleger o seu melhor livro: “As Cidades Invisíveis”, “O Barão Trepador”, e “Se Numa Noite de Inverno Um Viajante”, são os livros em que penso, imediatamente, quando falo de Italo Calvino. Mas como, daqueles três, apenas comprei o último (os outros foram-me emprestados por alguém que me “contagiou” com o gosto por Calvino), é fácil perceber a razão de vos apresentar um excerto deste livro.
No livro “Se Numa Noite de Inverno Um Viajante” Italo Calvino cria uma “aparente” não linearidade do romance para relatar a jornada do Leitor, a personagem principal do livro, para encontrar o fim da história... Conseguirá o Leitor achar o tão desejado fim?...
...“O senhor acredita que toda história precisa ter princípio e fim?”...