Sento-me neste sofá já rasgado do tempo, repleto de marcas que formam encruzilhadas.
Deito-me no sofa, esperando o conforto do barulho que será emanado do ecrã...
Está vazio, nem um movimento...
Nem uma pálpebra se move neste imenso espaço,
Num movimento isolado, distraído do que me rodeia,
Repito-me e olho pela janela, de vidros baços e acompanhados de um frágil horizonte.
Essas linhas marcam a minha viagem.
São frias, curvas, interceptadas por um corte aqui e ali,
Deixam que as árvores as tornem tão inexpectáveis.
Que não me sinta vazio...
Talvez hoje não esteja tão sozinho...
Pietermaritburg
29/07/07