Informações Aqui
A inovação reside na forma da pincelada, mais fluida e com fundos mais escuros, que dão um toque plástico às figuras. Estas pinturas mantêm a tendência da última exposição apresentada na Galeria Arte Periférica, os olhares fora da órbita das figuras, referência habitual e característica do artista. Encontram-se ainda referências da exposição «Mundo Optimista» e a sensação transmitida pelas figuras em «Cuando se para el tiempo».
«Procuro a pincelada directa, definitiva, mesmo que tenha que apagá-la mil vezes até acertar. As figuras isoladas pintam-se em séries, para que cada pessoa encontre coisas que não encontra na anterior e, quando há mais do que uma figura, é muito importante a forma como se posicionam, se abraçam ou conectam», explica Mário Vela.
A maioria das figuras aumentou de tamanho e predominam os quadros com um só indivíduo. As figuras posicionam-se num espaço neutro de uma só cor e não estão ambientadas numa paisagem, quanto muito há umas pinceladas envolventes.
Mário Vela expõe 33 quadros nesta edição, onde inclui a série «Escalas» apresentada na exposição colectiva de Dezembro na Galeria Selón, em Madrid. Nela apresentam-se cinco obras de formato quadrado de tamanhos diferentes, que crescem em escala e com referência a sucessivas etapas da vida.